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Eu devia estara entrar na adolescência quando se espalhou a notícia de que o Victor tinhatido grave acidente na Figueira da Foz, cidade onde trabalhava. Não sei muitospormenores nem nunca indaguei os porquês, se realmente existem porquês nestassituações e que, regra geral, são mais do interesse dos curiosos e palradoresda vida alheia.
O que eu sei eo que andar do calendário me mostrou é que as pernas do meu vizinho daRibeira, irmão mais velho de uma mão cheia de filhos, tinham perdido acapacidade de se locomoverem por si próprias. Apesar de agarrado a uma cadeirade rodas, o Victor não esmoreceu e lutou... continuou a sua vida normal comopor vezes me focava quando bebíamos um copo à porta da tasca do Aníbal.Algumas conversas tivemos e a sua força psíquica impressionava-me, chegando-lheeu a dizer que essa força, essa forma de ver a vida deveria servir deexemplo e aproveitada na reabilitação de outros.
Há uns diassoube do falecimento do Victor. Também não sei pormenores e igualmente nãovão agora interessar. Tomei conhecimento da sua partida através do habitualagradecimento feito pelos familiares e geralmente publicado no Defesa que porartes mágicas de um amigo e remando contra todas as vontades lá vaiatravessando o Atlântico e consegue aqui aportar em segurança no sacrárioonde guardo as raízes das minhas raízes.
Pensei deimediato em arranjar ou arrumar (como por estas bandas se diz) aqui no Voz um cantinhopara o Victor, mas não sabia o que escrever. É verdade, acreditai. Lembram-seque já vos disse que tenho muita dificuldade em falar sobre amigos emcircunstâncias como estas? No entanto, hoje logo pela manhã lembrei-me doVictor e saiu, está a sair... saiu aquilo que a minha mente e vontade desejampara perpetuar a sua memória.
Post-scriptum- O José Victor Batista Coelho Pais é oriundo de uma família que vivia na Ruada Ribeira paralela à minha Rua do Outeirinho na ditosa cidade de Santa CombaDão. Contaria sessenta e tal anos, era casado e pai de filhos e netos. Aosfamiliares, muito especialmente a sua esposa verdadeira guerreira e merecedorade páginas de destaque nos tratados do companheirismo, envio aquele abraço muisincero em solidariedade.
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
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