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Comentário...
Em pequena introdução alerte-se que nada me move contra aNação brasileira e jamais identifico um povo pelo que aminoria das minorias desse povo possa roncar contra outro povo. Como não julgo um povo peloque alguns dos seus membros possa fazer ou dizer também espero que o que eudiga, em rebate, a esses gajos não seja interpretado como contra um povo.Registe-se que não me sinto ofendido e não tenho por intençãoofender. Aos que não concordarem com a prosa que ofereço, pedia só que levem ematenção que o escrito é antes de mais um desabafo bem passageiro.
Quase há dois meses no ar vai sendo tempo de o Inquérito à presença do PMportuguês nas Comemorações da Independência do Brasil ser retirado eanalisado. É uma verdade que a citada sondagem não motivou muito os visitantesdo Voz do Seven... apenas 21 aceitaram o desafio. E daqui já se poderiatirar a ilação de que o Voz do Seven ainda não é muito visitado, quiçá porfraca publicidade, e que o crescendo do número de visitantes dado pelo contadorde visitas é pertença exclusiva dos amigos fieis leitores. A estes fica já oagradecimento. Mas, e tendo em atenção o tempo condicional do verbo usado acima, também se pode chegar à conclusão que a enquete,como por aqui se diz, foi mal equacionada... Voz do Seven, por inexperiência namatéria, não considerou aqueles que não emitem opinião ora por serem contraas sondagens ora por discordarem, por acharem despropositada a questãocolocada (cá em casa, a "outra voz" assim o achou). Assim, neste inquérito deveria constar mais uma alternativa de resposta: "é-meindiferente", por exemplo, que corresponderia ao Voto em Branco e atépoderia também ser colocada a alternativa "que me interessa isso?"que teria todo o sabor de um Voto Nulo.
São falhas próprias "de toda e qualquer primeira vez" que játêm o mérito de avisar o autor para ter mais cuidadinho na preparação do quepretender fazer futuramente.
Voltando à Sondagem. Camuflando a reduzida participação (fica desde já oaviso para com os argumentos falaciosos de muitos analistas de muitas outrassondagens mais importantes) vamos imaginá-larealizada por um qualquer instituto de elevada projecção internacional.Diremos então que 33,33 por cento dos auto-inquiridos expressou-se contra apresença de Santana Lopes, como representante do povo português, nasComemorações do 7 de Setembro de 1822. Valor elevado? Reduzido? Bem... digamosque expressivo, penso eu de que, porque um terço de bolo já mata a fome a maisdo que um. Passados 182 anos da Independência do Brasil (para nós portuguesesserão menos 3 porque D. João VI só a reconheceu formalmente em 1825) pensoque essa percentagem deveria ser o mínimo dos mínimos, dando algum descontopara aqueles que fazem da vida uma guerra de preconceitos.
Como já vos disse, é um facto de que isso de Pátrias Irmãsjá foi chão que deu uvas. Asdiferenças culturais são muitas e o que nos pode unir nem sempre évalorizado, direi até que é mal aproveitado. Dá a impressão que uma daspátrias ainda não se libertou do estigma de ter sido colónia, advindo daíuma certa desconsideração para com o (antigo) colonizador. Por outro lado,este último, o descobridor, talvez exulte o facto de ter trazido a"civilização" a estas terras e talvez veja o Brasil de uma formapaternal. Não sei. Não sei como exprimir-me. A verdade é que se notampequenas "guerrinhas de auto-valorização", digamos assim, de cadauma das pátrias em relação à outra.
São atritos que não deveriam acontecer. E eles acontecem nos mais variadosquadrantes que, por vezes incendeiam qualquer um que se sinta filho de boagente. Não pretendo entrar num contexto mais abrangente, dos paises em si, domodo de vida dos portugueses e brasileiros, seus hábitos e cultura, porque setornaria fastidioso e direi até... complicado.
Um dos problemas com que me debato é ver que existe pouca divulgação de Portugal noBrasil. Até uma boa parte dos nossos próprios patrícios radicados aqui hádezenas de anos não têm noção de que Portugal mudou, que deixou de ser opaís cinzento que lá deixaram.
Por outro lado torna-se difícil expor sem ser acusado de parcialidadepor ser um português a escrever. Tenho que referir que por vezes dói ouvir que"... se não fosse a UE, Portugal continuaria atrasado" replicando (dizem) que Portugal e a Europa consideram o Brasil como país do Terceiro Mundo. Será? Para mim o Brasil é daqueles países que se apelidam de "emergentes".
Sobre a UE, vem apropósito citar uma resposta do nosso Presidente Sampaio, em trânsito por SãoPaulo na sua deslocação a uma cimeira na Bolívia ou Colômbia não sei. No seu discurso, JoséAlencar, Presidente do Brasil em exercício por ausência de Lula da Silva citouque Portugal é uma grande "porta de entrada" para o Brasil na União Europeia. Jorge Sampaio não gostou (notou-se um esgar) e retorquiu que existiam muitas outras portas parao Brasil penetrar, como a Espanha e a Itália, que Portugal tinha de ser visto comoum país produtor e investidor, et cetera e tal. Poderá deduzir-se que Porugal não merece muita atenção mesmo a nível do governo brasileiro? Creio que foi certamente uma daquelas infelizes tiradas que os governantes botam de vez em quando da boca p'ra fora. Só que o nosso PR, e logo depois um Ministro qualquer, reagiram. Sentiram-se... tal como eu me sinto por vezes.
Mas, grande parte da culpada não divulgação é nossa, dePortugal. É facto que Camões e Pessoa são estudados. Saramago também é lido ena ortografia portuguesa, por sua exigência. Outros autores também estão a chegar. Alguns actoresvêm participar em novelas. Mas tornar-se-ia necessário divulgar mais, por exemplo, amúsica, porque Portugal não é só Fado nem Folclore como por aqui éconsiderado. Tornar-se-ia necessáriotambém que a NBP/Fealmar produtora de (tele) novelas portuguesas não vendesse a alma ao diabo eque batesse o pé para que a voz e expressões portuguesas fossem ouvidas,porque até a própria trilha sonora das novelas que exportam é alterada passando a ouvir-se canções brasileiras. Será istointercâmbio cultural? Seria importante também queinstituições como o Instituto Camões (em São Paulo) divulgasse Portugal, porque não éfazer um encontro de quatro escritores portugueses, com dois deles ainda não nascidos na altura, que serecorda aRevolução de Abril. E as empresas portuguesas (grandes grupos do ramo dascomunicações e alimentar) que investem por aqui atéparece que têm receio de divulgar a sua origem... não vou nomeá-las...não o merecem. Em parêntesis digo-vos que já falei com professor casado com portuguesa oriunda da (minha) vizinha cidade de Mangualde que o emigrante português em São Paulo como que teme "cantar a toda a gente" a sua nacionalidade. Talvez temesse noutros tempos...
Um dos temas que cava fosso entre os dois países é o futebol. E aComunicação Social brasileira tem culpas. Todos nós sabemos que o Brasil,futebolisticamente falando, é o Brasil, pois claro está. E a imprensa falada eescrita enaltece-o. Tudo bem. O que é bom deve ser sempre falado, embora naminha modesta opinião a humildade deva estar presente. Agora desconsiderar ofutebol português é que é outra coisa.
As televisões esmiuçam coisas quenão lembram ao diabo. Lembro-me do anúncio comercial da Nike que foitema-debate durante dias, dias é verdade, até com chamada aos estúdios de "representantes dacomunidade portuguesa em São Paulo", e afirmava-se que o povoportuguês deveria sentir-se achincalhado por no citado anúncio os jogadoreslusos serem feitos de gato-sapato pelos canarinhos. Sinceramente que não vimais que um comercial. O barulho foi feito apenas pela produção do programa...que se transmitisse a ideia de seriedade, desentimento, eu até concordaria, mas o que eu achei é que estava recheado de comentários irónicos.
Com o tema Scolari, ó deuses de todo o universo, foi umespectáculo. Jornalistas a atacarem incompreensivelmente os colegas portugueses porestes "não gostarem"de Felipão e de quereem impor Vitor Baía. Críticas a choverem em cima de Luís Figo por "não gostar" deDeco. Perdeu-se o primeiro com a Grécia foi cascar em toda aSelecção e lavar a imagem de Felipão... "que pode ele fazer se não temjogadores?". Em tempo... houve ligeira "marcha à ré" nosprogramas seguintes da TV Record após terem chovido protestos reconhecidos pelaprópria redacção, visto que a ditaemissora é vista via satélite. Depois, no final do Euro, foi colocar Felipão no altar esubestimar o grupo português. Não estou a inventar, outros patrícios assimtambém o vêem, mas acomodam-se e nada dizem. Uma das frases escritas a queachei mais graça (tenho que rir) após o desaire final com a Grécia foi..."o principal jogador deles [Portugal, digo eu] foi Deco, que é brasileiro.Figo, Paulleta e Vitor Baia são bons em clubes...".Como o próprio articulista (ao que parece defensor acérrimo de Baía, mas que até desconhece a sua não convocação) costuma acabar os seus artigos também eu digo..."e assim caminha a mediocridade".
Por falar em Deco, a imprensabrasileira rendeu-se ao seu valor e enaltece-o. Infelizmente quase semprereferido comobrasileiro, como o brasileiro da Selecção de Portugal e raras vezes comoluso-brasileiro. A tentarem tirar alguma pedra no sapato? Arrependimento por valorização tardia do homem brasileiro? Outra verdade é que nunca vi Deco ser entrevistado pela TVBrasileira. Auto-críticas? Só ouvi um comentador um pouco polémico aliás,antigo craque de futebol, dizer que "desprezámos Deco e ele fez o que achou melhorpara a sua vida" e recentemente um outro aapontá-lo como justo vencedor da próxima eleição para Jogador Fifa do Ano,indo contra a opinião maioritária dos seus colegas que apontaram as baterias para RonaldinhoGaúcho e um outro para o francês T. Henry.
Bem, acho que entrei onde não era pretensão entrar, mas compreendam-me. Tinha também que atender um pouco o pedido de amigos que me escrevem e que querem saber o que pensa oBrasil sobre nós. Falei apenas do Futebol, talvez um dia fale de outras coisasmais, da qualidade de vida, da saúde... que apesar de tudo não nos deixa, anós portugueses, muito envergonhados e da língua meus senhores, da nossa língua a que orgulhosamente chamamos de Língua Mãe, porque para mim a galinha nasceu antes do ovo.
Estas coisas não me tiram o sono. Sinto-me bem, mas na altura em que as ouçosinto-me por vezes mal. Jamais falarei das célebres piadas que consideram o português burro,às vezes chifrudo e outras bicha. Isso afinal é coisa que nóspróprios contamos dos nossos alentejanos, os franceses dos belgas ouvice-versa, e que eu saiba nunca se fez guerra alguma. A mim, as ditaspiadas nada me chateiam e rio a bom rir bastando para isso inverter anacionalidade dos personagens, apesar de que só tenho conhecimento delasatravés de sites na internet, porque não mas contam, de início uma ou outratalvez, mas certamente que o meu sorriso foi amarelo demais que os fez desistir.
Democraticamente tenho que confessar que não tenho gostado do que por vezesleio em revistas brasileiras que considero idóneas do que se está a passar com opovo brasileiro em terras lusitanas ou seja de como por vezes os brasileirossão tratados. Na minha Santa Comba não tomeiconhecimento de algo grave, porque a afluência de migrantesbrasileiros para a minha terra eranula, apesar de que cheguei a ouvir pessoas que me pareciam de bem, generalizarsobre a mulher brasileira que nos visita. Porque "confundirem" logo à entrada no nossopaís uma cidadãbrasileira que se preza por honesta e que vai à procura de melhor vida, issonão. Nem todas irão para casas de luz vermelha. Aqui sinto-me deverasenvergonhado. Nunca gostei de rótulos e aqui fica o meu protesto e até peranteas autoridades portuguesas, porque foi por aqui relatado um caso (assédiosexual??) passado nos próprios Serviços de Fronteiras do aeroporto. E énecessário também ter em mente que nem todo o avião que parte da América doSul leva droga. Como em toda e qualquer parte do mundo há gente boa e má. Outracoisa lastimável é o tratamento ao migrante principalmente na área daconstrução civil. Exploração pura a trabalhadores que não conseguem o vistoe que ficam em regime de total escravidão. O mesmo se passará com os preços absurdosexigidos aos brasileiros (e não só, penso) nos alugueres em pensões de má qualidade lá pela nossa capital. E também não dá para entender que se ouçam vozes contra a ida de cidadãos estrangeiros (brasileiros, africanos, europeus de leste) para o nosso país. Com que direito um povo de emigrantes como o nosso foi, é e será o faz? Quando me "atacam" com tal, tenho de aceitar as críticas e até me apetece pedir desculpa.
Também não me importaria de pedir desculpa ao povo brasileiro, àquele povoque Cabral encontrou e que foi baptizado de índio e que ainda hoje éassim referido e que ainda hoje luta por terras e direitos. Também medesculparia perante o negro roubado à sua África e trazido para estas terraspara trabalhar reduzido à sua condição de escravo e que ainda não seconseguiu impor na sociedade brasileira. Repito assim que a estes, só a estes,eu português que sou, pediria desculpas, mas também sei que a nívelinstitucional não o é feito ou não é conveniente fazer, não sei, pois dizemque "estas coisas eram assim naqueles tempos... e pronto". Mas, pensoeu cá com os meus botões se não serão estas aproximações dosgovernantes de povos, sejam os que se enfrentaram em guerras sejam o colonizado versus colonizador, um sinal que"águas passadas não movem moinhos", um sinal velado de pedido dedesculpas, em parte. Um sinal imperioso que temos é de pensar no futuro, quecom uma língua de tronco comum não devemos virar as costas.
O sonho comanda a vida e talvez um dia vejamos Portugal e Brasil comoverdadeiros irmãos a respeitarem-se mais e a enaltecer os feitos um do outro.
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
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