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Este Domingo, deliciei-me comTripas à Moda do Porto...
... iguariapor aqui conhecida como dobradinha com feijão que é também da variedadebranco talcomo desse lado do Atlântico. Penso que na suaessência a confecção não deve variar muito (salvaguardados que sejam ossecretíssimos... segredos) apesar de que o produto final apresenta-se, porestas terras são-paulinas, com a dobradinha cortada em tiras e sem a presençados saborosos "folhos". A falta da saudosa chouriça é preenchida coma "linguiça tipo portuguesa"... costumes, pois "cada roca comseu fuso e cada terra com seu uso".
Cá em casa é frequente fazer-se este saboroso prato. Nesteúltimo Domingo, 12, eraocasião mais que propícia e assim passavam poucos minutos das 8 damanhã (as 10 desse lado) quando o feijão mergulhou na água da panela da pressão. Mas, se jápor si o tempo de cozedura do feijão branco dá dores de cabeça, a preocupação aumentava por a atenção"de quem estava a tomar conta da panela" estar mais virada para a transmissãotelevisiva vinda de terras do sol nascente e em que uma armada lusa(reforçada com técnicas africanas, brasileiras e até gregas) tentavaconquistar o ceptro intercontinental frente a uma congénere colombiana.
Duro...na primeiraespreitada à panela, o feijão ainda estava duro. Minutos passados acontecia a mesmacoisa... duro ainda. Era mesmo falta de pontaria e nem me furtei de comparara minha visão para o feijão com a dos atacantes da armada portuguesa no ataque àmuralha defensiva: as "bombas" nunca acertavam na mouche, odestino delas era passar ao lado ou bater com estrondo nas traves. Arre bolas.... seria falta desorte ou azar em demasia? Venha de lá o diabo arbitrar... o diabo ou o outroque algumas vezes julga como ele e que resolveu também fazer autêntica diabrura anulando o que estava bem certinho.
O tempo iapassando, mas a ansiedade combatia-se e com paciência esperava-se encontrar umporto bom... embora sempre comcautelas redobradas, não fossem as caldas entornarem e estragar o quetanto trabalho tinha dado, que no meu casoseria apenas ficar a papas (de feijão) ou optar por mais um desafio, mas no deles, nocaso dos valentes soldados, seriaa perda irreversível da disputa.
Depois de momentos angustiantes, tudo acabava embem: enquanto as Tripas à Moda do Porto iam exalando aromático perfume, o tirodos outros gajos saía p'ro largo e a chama dos nossos acertava oalvo incendiando o último dos focos da resistência adversária. Nofinal, os valerosos em euforia constante subiram ao mastromais alto e mostraram ao mundo os troféus conquistados.
Foi bonita a festa,pá... com foguetes e tudo!
E pronto... aquime tendes, após calma digestão das divinas, aservir-vos de forma bem diferente mais um saboroso êxito dos homens que cospemfogo na hora certa e que levaram bem longe (mais uma vez) os nomes daPátria e da terra das gentes "tripeiras com muitoorgulho".
Lendas à moda do Porto
"Tripeiros"?... com muito gosto!
Duas ocasiões contribuiram para que os portuenses gostem tanto da alcunha de "tripeiros".
Tudo começou em 1384 quando Rui Pereira organizou uma armada de 17 naus e 17 galés para acabar com o cerco dos Castelhanos a Lisboa. No conjunto dos 34 barcos levou toda a carne que havia na cidade do Porto para poder acudir os lisboetas famintos.
No Norte ficaram as tripas que os moradores cozinhavam com feijões.
Já em 1415, foi de novo construída uma armada mas desta vez para conquistar Ceuta. E mais uma vez o povo do Porto abdicou da sua alimentação para ajudar os marinheiros.
O gosto pelo prato pegou de tal forma que mesmo depois da paz voltar os portuenses continuaram a confeccionar as Tripas à moda do Porto, que se tornou parte da história da cidade.
(transcrito de site qualquer... todos os consultados fazem idênticareferência)
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
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