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Voz do Seven

... de São Paulo a Santa Comba Dão!

Voz do Seven

... de São Paulo a Santa Comba Dão!

183 anos de Independência

neves, aj, 07.09.05

7 de Setembro de 1822

OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS
DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,
E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.
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Voz doSeven, órgão lusitano dos sete costados, como defensor daauto-determinação dos povos não pode deixar de associar-se àscomemorações do 183° aniversário da Independência do Brasil. Não é a primeira vez que Voz do Seven redige sobre esta datahistórica que marca o fim do Brasil colónia portuguesa e atestao nascimento do Brasil Nação Independente. Ainda nem sequereste espaço era esboço mental, já o 7 de Setembro eramencionado ao de leve levezinhoem artigo de título <ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/088003.html">

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<p align="center"><font color="#009300" size="5"face="Alfredo's Dance"><strong>7 de Setembro de 1822</strong></font></p><div align="center"><center><table border="5" cellpadding="5" cellspacing="5"bordercolor="#009700"> <tr> <td align="left" bgcolor="#FFFF00"><font color="#00B700" size="2" face="Tahoma"><strong>OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS<br> DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,<br> E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,<br> BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.</strong></font></td> <td bordercolor="#E8E800"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/bandeirabrasil3d.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" width="98" height="74"></td> </tr> <tr> <td colspan="2" bordercolor="#009700"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/gritoquadrorauxcomband.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" width="420" height="259"></td> </tr></table></center></div><p align="justify"><font color="#009D00" size="2" face="Tahoma"><strong>Voz doSeven, órgão lusitano dos sete costados, como defensor daauto-determinação dos povos não pode deixar de associar-se àscomemorações do 183° aniversário da Independência do Brasil. Não é a primeira vez que Voz do Seven redige sobre esta datahistórica que marca o fim do Brasil colónia portuguesa e atestao nascimento do Brasil Nação Independente. Ainda nem sequereste espaço era esboço mental, já o 7 de Setembro eramencionado</strong><em><strong> ao de leve levezinho</strong></em><strong>em artigo de título </strong></font><ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/088003.html" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>Oi, pode falá</strong></font></a><fontcolor="#009D00" size="2" face="Tahoma"><strong> que o Sevenpublicou no semanário <i>Defesa da Beira</i> da sua Santa Comba. Em2004, já o Voz do Seven arregaçou as mangas, pesquisou eredigiu texto mais elaborado... deu-lhe como título </strong></font><ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/147679.html" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>Independência ouMorte</strong></font></a><font color="#009D00" size="2"face="Tahoma"><strong>, a célebre frase proferida por D. Pedro(futuro Imperador do Brasil) nas margens do Ipiranga, riacho quecedeu o seu nome à citada exclamação conhecida como o <i>Grito doIpiranga</i> e que é cantado logo de início na primeira estrofe do </strong></font><ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/176129.html" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>Hino NacionalBasileiro</strong></font></a><font color="#009D00" size="2"face="Tahoma"><strong>. No ano transacto, Voz do Seven colocoutambém</strong></font><font color="#BFBF00" size="2"face="Tahoma"><strong> </strong></font><ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/159767.html" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>sondagem/enquete</strong></font></a><fontcolor="#009D00" size="2" face="Tahoma"><strong> à presença deSantana Lopes, então Primeiro-Ministro de Portugal, nasComemorações da Independência em Brasília e publicou análiseque, infelizmente, não foi bem aceite (ou mal interpretada) erecebeu </strong></font><ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/159767.html#comentariocritica" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>dura crítica</strong></font></a><fontcolor="#009D00" size="2" face="Tahoma"><strong> de visitante...injusta diga-se, já. Passou um ano, é verdade, a&quot;coisa&quot; até poderia entrar nos anais do esquecimento,mas se é fácil apagar, </strong><em><strong>deletar</strong></em><strong>,das páginas da internet, já da nossa memória é, digamos,impossível... é que a crítica não foi feita aoredactor/escritor de costas largas, essas palavras feriram sim emuito, demasiado, a sua lusitanidade.<br>Àparte os desabafos de um Beirão casmurro, continue-se que odia é de festividade e para além das ligações assinaladas,Voz do Seven quer oferecer-vos ainda esta leitura do </strong></font><ahref="http://educaterra.terra.com.br/almanaque/datas/independencia.htm" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>almanaque</strong></font></a><fontcolor="#009D00" size="2" face="Tahoma"><strong> e uma páginacontendo vários sites sobre a </strong></font><ahref="http://www.mundosites.net/historiadobrasil" target="_blank"><fontcolor="#BFBF00" size="2" face="Tahoma"><strong>História doBrasil</strong></font></a><font color="#009D00" size="2"face="Tahoma"><strong>, porque aprofundar para entender aHistória é preciso e jamais tentá-la apagar ou adulterar.</strong></font></p>

Desarmamento

neves, aj, 07.09.05
com (inesperada) viagem a uma guerraque não senti, mas que vivi

Não se julgue que esta posiçãoperante o desarmamento vem de agora, por influênciadirecta do debate e campanha (que parece que está a dar osprimeiros frutos) aqui no Brasil. Não, de maneira alguma. Voz doSeven não gosta de armas, tem horror a armas e é contra oarmamento civil, por perigoso e completamente desnecessário emtodo e qualquer Estado/Nação de direito. Em livre pensamentoafirma-o bem alto e nem coloca seshipotéticos, pois é assim que pensa o seu autor que neste textoveste a pele do Neves, AJ por ser ele que tem pânicoàs armas, muito em parte devido a que jamais pegou numa que sepreze... e tem idade para isso, digo-vos. Só não peguei porqueo feliz dos acasos aconteceu e nem que fosse só por issodigo-vos que valeu a pena a ="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/100067.html"target="_BLANK">Revoluçãodos Cravos

emPortugal.

Continue a ler... entre e leia"coisas da guerra que não vivi, mas que senti"...

Como podem constatar, a crónica, o texto, passou a ser redigidona primeira pessoa, porque tornou-se necessário, porque asmemórias de juventude afloram em catapulta e relembro aquelaguerra, para mim a mais estúpida das guerras que estropiou ematou milhares de jovens, portugueses e seus irmãos africanosdas antigas colónias. O meu ser estremece ao falarnisto, recorda a Escola Primária e os cânticos guerreiros d'Angola é nossa, gritarei... não me pergunteis arazão, mas as minhas entranhas parece que sentem uma necessidadeenorme de serem exorcizadas de um fantasma que não tem razão deexistir, porque nem fui à guerra, a essa guerra chamada decolonial. Bom, o meu corpo não esteve lá, mas digo-vos comsinceridade que também eu vivi muito intensamente essa épocaporque lidei diariamente com o sofrimento de uma mãe, emangústia permanente pela ausência de seu filho lá por terrasdo Cu de Judas, não entendendo sequer (querendo lá saber...)que interesses ele ia defender. E essa mãe em sofrimento, nãose poderia alegrar mesmo que as novas vindas de África fossemboas (ou pelo menos não fossem más) porque outro filho seseguiria na linha de produção de mais homens p'ra="3" face="Tahoma">

Angolaem força, já... ="2" face="Tahoma">esse "outro filho" sou eu, esteque vos fala e que pela primeira vez escreve sobre o assunto. Semmedos e talvez por necessidade e também para que os mais novosmeditem. Teria eu os meus 12 anos quando tomei contacto com adura realidade de que meu irmão, mais velho que eu 9 anos, iria"lá para fora" combater na guerra colonial. Atérecordo o exacto momento... estávamos, eu e meu irmão, sob aparreira de videiras no quintal de casa em concurso de"setas ao alvo" disparadas por, nem de propósito,pressão de ar (espingarda de chumbinho) e um vizinho, passando,questiona-o sobre a vida... a vida militar certamente... meuirmão não falou, bateu com a palma da mão direita sobre odorso da mão esquerda, uma duas vezes, em sinal inequívoco deque ia... ia embora... estava mobilizado para o Ultramar, iazarpar para longe. Nada perguntei, mas entendi... depois haviaaquele saco, verde escuro, aquela mochila onde ele apenas podiatransportar o essencial cada vez que vinha a casa gozar os diasde licença antes do embarque... e tantos que foram osadiamentos, parece que a táctica dos adiamentos era paradespistar as "secretas" que pudessem informar oinimigo... eu hoje mandava-os (a eles aos coronéis ao sistema) àoutra banda exigindo-lhes justificação por gozarem com ossentimentos de um mãe, de uma família... de um Povo.
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Em 23 de Outubro o Povo Brasileiro vai a votos. Não para eleger quem quer que seja, antes sim para opinar e decidir sobre a questão da compra e venda de armas no Brasil.
Em Referendo (o primeiro no país) será perguntado

O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?

O eleitor terá na urna electónica duas teclas à sua disposição, correspondendo a tecla 1 ao não à proibição e a

tecla 2 ao sim à proibição do comércio de armas.
1 Não    2 Sim

Apesar de (ainda) não ter direito a voto, Voz do Seven diz SIM à proibição... no dia 23 de Outubro Voz do Seven apertaria a tecla 2
Voz do Seven faz o apelo para ser compreendido pela sua tomada de posição e não ser acusado de ingerência em assuntos nacionais brasileiros, porque apesar de ser estrangeiro, o simples facto de residir no território faz com que o assunto não lhe passe ao lado. Por outro lado, não se pense que Voz do Seven pretende entrar em campanha eleitoral, longe disso... apesar de que não se vai privar de redigir quando o achar necessário (tal como já o fez por duas vezes em Armas? Não, obrigado e em Mortes Matadas) sabendo, contudo, que vai ser rebatido o que é deveras salutar em democracia. Voz do Seven pretende ainda continuar a acompanhar o tema e apresentar transcrições de notícias que forem publicadas em portais ou jornais como esta que foi recentemente veiculada p'la FOLHAONLINE e que muito nos alegra.

Meu irmão nunca soube daslágrimas que minha mãe derramava quando ditava os ="http://www.inteirospostais.com/aerogramasmilitaresisentosdefranquia02.htm"target="_blank">aerogramas

="2" face="Tahoma"> (que tinham de ser comprados... 20centavos) que eu escrevia e que direccionava para o soldadocondutor número não sei quantos barra 67 p'ro SPM 5826 ou 5126não interessa. Nessas cartas falava-se de tudo um pouco, desde oSporting dele ao meu Benfica que lhe ganhava, passando até pelagata que tinha ido parir aos sacos dos farrapos que o meu paitrazia da Alfaiataria e depositava na loja de arrecadações... oque interessava era levar até ao Cuango, Norte de Angola,notícias d'Aquém-Mar que o entretivessem e jamais que lhepudessem aumentar os problemas que já tinha.

A chegada de meu irmão a Lisboa,ao cais de Alcântara foi triunfal... não para ele que não tevedireito a medalha de mérito, pois estas estavam guardadas paraaqueles que tinham perdido um braço ou uma perna ou para o peitodos seus familiares mais próximos que recebiam a condecoraçãode semblante mais carregado que o luto que vestiam.
O triunfo foi meu
porque pela primeira vez fui a Lisboa, à capital do país...
porque vi nascer o dia ao lado da majestosa Ponte sobre o Tejo(hoje 25 de Abril na altura chamada de Salazar) tendo ao largo,naquele imenso Tejo de luzes reflectidas, o iluminado navio quetrazia as tropas...
porque delirei com as manobras do atracar do navio (Uíge se nãome engano)...
porque fiquei de boca aberta com a visão de centenas, demilhares de homens todos os iguais a acenarem, menos um que nãolia o letreiro Santa Comba Dão...
Que maior riqueza poderia ser dada a um jovem daquela época quenada conhecia, apesar de ter crescido e estava agora com 15 anos,pois tudo isto já se passa depois do meu aniversário deNovembro... era Dezembro, dia 22 ou 23 talvez.
Jamais esquecerei, também, a azáfama do desembarque onde osabraços eram temperados pelas saborosas lágrimas das mães,namoradas e esposas... (outras) mulheres, talvez madrinhas deguerra de homens que nunca tinham visto, pesquisavam de fotoem punho p'los seus queridos que tardavam em encontrar... mas"tal como bela sem senão" o meu encantamento ficouseveramente manchado para toda a minha vida e me criou grandesentimento de revolta por ver do alto da varanda do cais deAlcântara o despudor de descarregarem como mercadoria dezenas edezenas, talvez centenas de urnas contendo os restos mortais dehomens militares... esta manobra feita em plena luz do dia e àvista de quem espreitasse seria propositada?
Comecei por falar de desarmamento, viajei à guerra, à guerraque eu vivi e afinal não senti (na pele) graças aos deuses da
="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/096659.html"target="_BLANK">Liberdade
="2" face="Tahoma">... feliz me sinto por ter acabado...louvemos por, agora reunidos em comunidade, todos estarmos emPaz, nós portugueses e os irmãos africanos, porque...estremeço só de pensar em situação imaginária, mas nãoirreal, que por teias tecidas p'lo diabo do destino eu meencontrasse um dia, em mata qualquer africana, de arma na mãofrente a frente com neto de meu avô paterno que, emigrante porterras de Angola, deixou (também) prole afro-descendente.

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a partida
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a chegada
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os abraços
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Meu avô, Manuel Neves, que partiu para Angola nos anos 30 do século passado e que jamais regressou.


Apesar de não poder esconder uma certa mágoa por se "ter esquecido" das suas origens, presto-lhe devota homenagem.