Voz do Seven

Não é estetipo de vitórias que nos elevam o portuguesismo, mas é semprede registar nem que seja para lembrar que mulheres belas (ou comatributos) existem em todo o mundo e não são exclusividadedeste ou daquele povo. Como nos revela a FOLHA ONLINE, em <ahref="http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u54924.shtml"target="_blank">notícia</a>

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A Caminho dos 50
Etapa III – Ei-lo que chega

Contra todas as previsões, a encomenda chegou com selo varão

No (antigo) Hospital da Misercórdia de Santa Comba Dão, a manhã do dia 5 de Novembro de 1955 acordou agitada... era Sábado, talvez estivesse frio e o alvoroço não seria certamente pela perda do apêndice da D. Elsa [da Praça] que havia passado por cirurgia...

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À distância de 50 anos (18263 dias) imagino que a campainha tenha soado aflita no silêncio da aurora (talvez a noite ainda nem tivesse desaparecido) pedindo que todas as portas se abrissem para receber a Rosita do Outeirinho que teria entrado em trabalho de parto. A véspera tinha sido bastante agitada para nós, para minha mãe e para mim que já é tempo de constar dos relatos... é que deflagrou um incêndio em casa da nossa rua e minha mãe, em sinal de boa vizinhança, foi oferecer os seus préstimos... ao que consta o que conseguiu foi a perda de um chinelo num monte de areia e a aceleração do processo, e eu, na volta, sentindo os solavancos da agitação ter-me-ia ajeitado um pouco mais e teria começado a empurrar, não sei se por curiosidade para ver o que se passava cá fora ou por achar que já era tempo de navegar em outras águas que não as do ventre de minha mãe...óbvio que as contracções se seguiram e como aumentassem, toca a pegar na mala da roupinha do bebé e tomar o caminho do Hospital.
Era chegada a hora...
e, por coincidência ou não, resolvi aparecer para almoçar... o relógio marcava as 13 horas.
Cansado, não sei se para minha mãe olhei, mas disseram-me que berrei, bem grave e nem sei da reacção de minha mãe por a Natureza a ter brindado com mais um "pilas" quando lá em casa já havia três... sei que ela, apesar de mais cansada que eu por parto deveras difícil (muito por culpa dos 4,750 quilos com que me apresentei) estaria era mais preocupada em saber-me são e escorreito...

Rendendo-me ao seu sofrimento e recordando-me ainda que amanhã 6 seria o seu dia, o dia do seu nascimento, foge-me por momentos esta alegria que me leva à euforia de infância, apetece-me em nostalgia fazer rima e dizer o quanto lamento de não ter havido tempo Mãe de te oferecer uma flor e te agradecer por no ventre me teres trazido e me teres parido...
serve-te de uma rosa, Mãe, divide com o pai e que o mundo compreenda por um filho falar tanto na mãe

(a"história" talvez continue)

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Em São Paulo, o dia 5 tinha entrado havia minutos... pela Santa Comba que me viu nascer os relógios marcavam mais duas horas e eu já me sentia com 50 anos...

Parabéns Pai

 

Que mais pode um homem desejar?

Obrigado filhex minha!

 

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