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<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#008080" size="2" face="Verdana"><strong>(opinião deGoulart Medeiros</strong></font><font color="#008080"><b>)</b></font></p><div align="center"><center><table border="5" cellpadding="5" cellspacing="5" width="495"bordercolor="#FFFFFF"> <tr> <td align="center" bordercolor="#000080"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/fotogoulart.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" width="137" height="164"><br> <font color="#008080" size="2"><b><i>GOULART MEDEIROS</i></b></font></td> <td><font color="#000080" size="4"><b>Discriminação e Pobreza na França</b></font><p align="justify"><font color="#000080" size="2" face="Verdana"><strong>Mais de oito mil carros incendiados em quase 300 cidades; mais de 2600 pessoas detidas; e a bandeira “</strong></font><font color="#008080" size="2" face="Verdana"><strong><b><i>We hate France and France hates us</i></b></strong></font><font color="#000080" size="2" face="Verdana"><strong>” (</strong><strong><b>nós odiamos a França e a França nos odeia</b></strong><strong>). </strong></font></p> </td> </tr></table></center></div><p><a href="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/215265.html" target="_blank" rel="noopener"><font color="#0000FF" size="2" face="Verdana"><strong>quemé Goulart Medeiros</strong></font></a><br><a href="mailto:goulartmedeiros@hotmail.com" rel="noopener"><fontcolor="#008080" size="2" face="Verdana"><b>goulartmedeiros@hotmail.com</b></font></a><br><a href="http://www.blog.comunidades.net/goulart/" target="_blank" rel="noopener"><font color="#0000FF" size="2" face="Verdana"><b>GoulartMedeiros – Democracia Directa</b></font></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">Mais de oito mil carrosincendiados em quase 300 cidades; mais de 2600 pessoas detidas; ea bandeira “<b><i>We hate France and France hates us</i></b>”(<b>nós odiamos a França e a França nos odeia</b>). Osprotestos, que começaram nos subúrbios de Paris em 27 deOutubro, multiplicaram-se por todo país nas duas últimassemanas. A resposta do Estado francês foi invocar uma lei de1955, que autoriza adopção de medidas de emergência, bem comodeterminar a deportação de qualquer estrangeiro consideradoculpado. </font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">Segundo informações, osresponsáveis, em sua maioria, são jovens, pobres,desempregados, provenientes de grupos socialmente vulneráveis,constituindo, sobretudo, a segunda geração de Muçulmanos daÁfrica do Norte e Ocidental. Dados apontam que o desemprego dapopulação jovem na França é um dos mais altos da Europa,chegando a <b>23%</b>, sendo o desemprego dos jovens Muçulmanosna ordem de <b>40%</b>. Atente-se que na França há em média 5a 6 milhões de Muçulmanos, o que representa um terço do totalde Muçulmanos na União Europeia. </font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">Os recentesacontecimentos ocorridos na França remetem à reflexão arespeito da relação entre discriminação e pobreza.</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">Os protestos conferiramvisibilidade à situação de alienação económica e social degrande parte da população Muçulmana, que por duas geraçõestem se isolado na hostilidade dos bandlieues ao redor de muitascidades francesas, com precárias condições de moradia,educação, transporte, ao que se soma o elevado desemprego,compondo um grave quadro de exclusão social. Reflectem, assim, olegado de mais de trinta anos de segregação étnica e socialdestas comunidades “<b><i>guetizadas</i></b>”, bem comoo fracasso do modelo de integração social do Estado francês,baseado fundamentalmente na óptica da integração individual. </font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">Ainda que as medidas deemergência tenham tido o impacto inicial de reduzir o grau deviolência, tendo o Presidente <b><i>Jacques Chirac</i></b> empronunciamento esta semana revelado que serão elas estendidaspor mais três meses, a resposta repressiva e punitiva mostra-seabsolutamente insuficiente para enfrentar a complexidade doproblema.</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">A discriminação implicapobreza e a pobreza implica discriminação. Romper este ciclovicioso demanda a adopção não apenas de medidas repressivas epunitivas, mas também de medidas afirmativas e promocionais.Isto é, não basta apenas proibir a discriminação, já que anegativa de exclusão não traduz automaticamente a inclusão daspopulações mais vulneráveis. Além proibir a discriminação,faz-se fundamental tomar medidas que propiciem maiorespossibilidades de inclusão social dos grupos socialmentevulneráveis, o que compreende políticas sociais no campo daeducação, do trabalho, bem como políticas urbanas e dehabitação.</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">É a vertente promocionale não a vertente punitiva que é capaz de criar o sentimento depertença e um senso de identidade social. É a vertentepromocional que é capaz de romper com o isolamento dos guetos ecom a repulsa e a hostilidade da mútua exclusão entre ascomunidades excluídas e a sociedade que as exclui, permitindofluir a riqueza da diversidade e do multiculturalismo,convertendo muros em pontes compartilhadas. </font></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><fontcolor="#000080" size="2" face="Verdana">O drama da sociedadefrancesa remete à experiência portuguesa dos orçamentosparticipativos. Assim que introduzidos, nas consultas populares arespeito das prioridades orçamentárias, as comunidadesperiféricas apontaram como escolha primeira e prioritária, oasfalto. Demandar asfalto, em sua simbologia, significa demandarpertença, integração e pavimentação social.</font></p>