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(...e dizê-lo cantando a toda a gente)
in Origens
A véspera tinha sido cansativa...
Porque era Dezembro, esse dia teria amanhecido bem frio e seria bem cedo quando o casal-quase-a-ser-pai entrou na Daniel de Matos em Coimbra. Ele, carregando a pequena mala com as roupitas em que o azul e o rosa eram tons pouco predominantes, porque o adorável mistério se desejou manter até ao final, teria aberto a pequena porta lateral para dar passagem à barriga empinada da futura mãe.
Não havia agitação... a ida nem fora às pressas tanto que os sinais estavam ausentes e se o casal estava ali é porque as semanas se vinham arrastando em demasia e a preocupação do Elias doutor-amigo é que achou, por bem, marcar o mais belo dos acontecimentos na vida de um casal, e não outro que se queira julgar, para essa Quinta-Feira que era o dia da semana da habitual consulta.
A gestação tinha sido normal, cuidada, os meses passavam em alegria e o futuro rebento até colaborava com movimentos reflexos que lembravam pontapés (chutes) e que faziam a delícia dos pais...
principalmente do paterno que se sentia ainda mais babado ao imaginar-se com um Ivan futebolista nos braços (palermices de uma sociedade machista)... todavia os registos apontam que nas primeiras semanas a mãe também recebeu a habitual visita dos mal-estares matinais, mas notou-se a ausência dos enigmáticos, pouco credíveis e tão propalados desejos porque, convenhamos, isto de sentir desejo por algo é coisa que ataca durante todo o ano e não escolhe homem nem mulher.
Assim, nada levava a crer que na hora da decisão, e após o inquilino ter dado as voltas necessárias e precisas, a porta da casa uterina se recusasse a abrir. Tentou-se ajudar, mas após horas e horas de espera, impaciência e ansiedade, o resultado foi nulo. O Elias, também ele cansado pelo sofrimento materno, marcou a operação para o dia seguinte...
Também porque era Dezembro essa Sexta-Feira teria nascido fria e enevoada, mas num repente o céu tornou-se tão redondinho quanto o número que marcava o calendário, o sol elevou-se raiando por todos os seus poros e o mundo ficou mais iluminado... os relógios marcavam cinco após as onze.
O mistério da concepção estava revelado e a menina iria chamar-se Raquel para enlevo do pai e por comum acordo do casal.
Decorreram 23 anos e a pequena amora que se fixou pulsando no ventre materno cresceu. Amadureceu, é mulher e é assim que o pai a considera, mas jamais a sua memória poderá esquecer a imagem, a primeira imagem, do pequeno bombom de amarelo embrulhado, dormindo de mãos fechadas em punho e revelando ao pai a mais bela das orelhitas.
Irina Raquel...filha... em palavras menos trabalhadas digo-te que é meu desejoque sintas, tal como eu o estou a sentir, o quanto osquilómetros se podem reduzir a metros e o majestoso Atlânticose tornar em pequeno riacho... um beijito doce deparabéns.
Gosto tu
Teu pê-á-í
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
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