ou oFutebol ao serviço de oportunistas
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<p><font color="#008000" size="2" face="Verdana"><strong>ou oFutebol ao serviço de oportunistas</strong></font></p><p align="justify"><font color="#008000" size="2" face="Verdana">Ontem dia 3,ficámos maravilhados com o espírito crítico de <strong>LUIZZANIN</strong>, colunista d' </font><ahref="http://www1.estado.com.br/" target="_blank"><fontcolor="#0080C0" size="2" face="Verdana">O Estado de S. Paulo</font></a><fontcolor="#008000" size="2" face="Verdana"> que nos revela uma"outra face", uma "face obscura" do fenómenoFutebol, alertando ainda que devemos saber usar o nosso sentidocrítico, que não nos devemos deixar embalar, que devemos saberseparar o trigo do joio. Por comungarmos das mesmas ideias,atrevemo-nos a transcrever o artigo e convidamos os nossos amigosleitores a partilhar.</font></p><p><imgsrc="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/diversos2/luizzanin.jpg"alt="Image hosted by Photobucket.com" width="295" height="103"> </p><p align="justify"><font color="#000080" size="5"><strong>A Copa e a crítica</strong></font><fontcolor="#000080" size="5" face="Verdana"><strong> </strong></font></p><p align="justify"><font color="#000080" size="2" face="Verdana">Um leitor mandae-mail alertando para a overdose que teremos neste período deCopa do Mundo. Lembra que o País tem problemas sérios e nãoconvém desperdiçar energias seguindo os passos da seleção.Afirma que nunca o futebol movimentou tanto dinheiro como agora,e toda essa importância econômica vai exigir contrapartida naforma de uma avalanche noticiosa e publicitária. Todosprocurarão tirar uma casquinha do evento, dos patrocinadores aospolíticos.<br>Sempre foi um pouco assim, mas, de fato, nunca como agora.<br>....<br>Que podemos fazer? Usar, como nunca, o espírito crítico.Selecionar as notícias e programas que valham a pena seremlidas, ouvidas e assistidos. Lembrar que uma operadora de celularnão é melhor do que outra só porque tem uma modelo ou umartista da bola como garotos-propaganda. Um político não ficamais ou menos confiável ao dar um tapinha nas costas de umcampeão.</font><font size="2" face="Verdana"><br>...<br><ahref="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/220479.html#more"target="_blank"><font color="#FF5706" size="2" face="Verdana"><strong>lerartigo na íntegra</strong></font></a></p>
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LUIZ ZANIN
luiz.zanin@grupoestado.com.br
Um leitor manda e-mail alertando para a overdose que teremosneste período de Copa do Mundo. Lembra que o País tem problemassérios e não convém desperdiçar energias seguindo os passosda seleção. Afirma que nunca o futebol movimentou tantodinheiro como agora, e toda essa importância econômica vaiexigir contrapartida na forma de uma avalanche noticiosa epublicitária. Todos procurarão tirar uma casquinha do evento,dos patrocinadores aos políticos.
Sempre foi um pouco assim, mas, de fato, nunca como agora.
Quando Leônidas da Silva se consagrou numa Copa que o Brasilnão venceu - a de 1938, na qual foi artilheiro - encontrou umaforma de trocar sua fama por dinheiro, anunciando sabonetes echocolates. Na mesma Copa, Mussolini mandou telegrama aosjogadores da Azurra: 'Vencer ou morrer'. Para o Duce, ganhar nãoera apenas questão de orgulho nacional - era fundamental para adivulgação do regime fascista.
Mas, de fato, as Copas do Mundo muitas vezes serviram para finsde afirmação nacional. Em 1950, ganhar a Copa realizada aquiera questão de vida ou morte, da mesma forma que fora para oDuce. Como se o Brasil, sentindo-se inferiorizado no planointernacional, pudesse redimir sua fragilidade sagrando-secampeão do mundo. Perdeu, e a derrota para o Uruguaitransformou-se em tragédia. Os jogadores passaram de heróis avilões do dia para a noite. Três deles foram particularmenteexecrados - Barbosa, Bigode e Juvenal, todos negros. Do ufanismoantecipado, desceu-se à triste interpretação de que omiscigenado povo brasileiro não prestava. Nelson Rodriguesescreveu que a tragédia do Maracanã era pior que a de Canudos.
A redenção veio em 1958, e daí para a frente o Brasil começousua trajetória de maior vencedor de Copas do Mundo. Se vitóriasno futebol resolvessem problemas ancestrais hoje nosorgulharíamos de um nível de vida superior ao da Bélgica. Nãoé assim. O futebol não tem esse poder e nem temos o direito deexigir isso dele.
O mundo tomou novos caminhos desde então, mas o futebolcontinuou a fazer parte da agenda dos políticos e dos homens denegócios. Pelé faturou muito com sua arte, e mais ainda oSantos, por ter Pelé. Em 1970, o Brasil vivia numa ditaduramilitar e o general-presidente se exibia de radinho de pilha naorelha, acompanhando as partidas como qualquer torcedor. Quandoos jogadores chegaram, foram recebidos em Brasília. O que nãoera novidade e nem seria uma exceção. Antes e depois deMédici, todas as seleções vitoriosas posaram ao lado dospresidentes da República. Faz parte do ritual.
Com a expansão da Fifa sob Havelange, e depois com aglobalização da economia, o futebol atingiu países e cifrasjamais imaginados. Os jogadores viraram astros milionários, eisso porque os interesses envolvidos no espetáculo tornaram-setambém milionários. Aliás, bilionários, pois um negócio comoa Copa é da ordem de bilhões de dólares. Poderia amolar oleitor com um rosário de cifras, mas basta uma: segundo aAgência Ansa, um spot publicitário de 30 segundos, veiculadodurante o intervalo entre o primeiro e o segundo tempo da finalna Alemanha, custará ao anunciante a bagatela de 400 mil euros.
Assim é o mundo. A tal sociedade do espetáculo, que é a nossa,encontrou no esporte uma das formas privilegiadas para semanifestar. A publicidade descobriu que associar produtos aatletas é ótima jogada. Políticos sempre souberam queabrigar-se sob a aura dos vencedores é muito conveniente, emmomentos de crise ou de normalidade.
O que podemos fazer? Usar, como nunca , o espírito crítico.Selecionar as notícias e programas que valham a pena seremlidas, ouvidas e assistidos. Lembrar que uma operadora de celularnão é melhor do que outra só porque tem uma modelo ou umartista da bola como garotos-propaganda. Um político não ficamais ou menos confiável ao dar um tapinha nas costas de umcampeão.
E tentar redescobrir na Copa, por baixo de tantos interesseseconômicos e embustes publicitários, aquele velho e bom jogoque a gente aprendeu a amar.
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