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(impossível esquecer-me de ti)
O Rio Dão é o rio que dá nome à minha terra. Antes seria simplesmente Om,vocábulo que significaria apenas rio, curso de água, como acabei de saber no Toponímia Galeco-Portuguesa e Brasileira, um
blogue assinado por um português de Coimbra e que nos parece deveras interessante.
Este sítio que fala e explica a origem dos nomes de ruas e cidades foi encontrado por mero acaso quando pesquisava sobre o Dão, que, só por uma grande casualidade, deu título a esta entrada... é que na nossa ronda habitual pelo portal da Câmara Municipal vimos notícia da realização da conferência Da Nascente até à Foz sobre a qualidade das Águas da Região Centro e a observação da foto abaixo (a da esquerda) testou-nos a memória, questionando-nos se realmente ela retrata (apenas) o Dão antes da Foz(do Dão) ou se as águas já estão envolvidas com o Mondego, tal como se apresentam quando encostam na parede da bela e soberba Barragem da Aguieira.
fotos tiradas do CM-SC Dão, clicar em cada uma para ampliar |
Inevitavelmente o Rio Dão virou tema de conversa com a minha companheira...falei... contei... recordei... divaguei...
Recordei os tempos do Dão das enxurradas invernais e dos magotes de gente que desciam até ao "meu" Outeirinho para contar o número de olhais da ponte trespassadas pelas águas. Recordei o Dão das pescarias, o Dão de águas encaminhadas para as pás do rodízio que faziam girar as mós do moinho de meus tios transformando o grão em farinha e que, depois, as mãos hábeis de minha tia moldavam em saborosa broa de milho. Recordei ainda o Dão cristalino e de fraca correnteza no estio que nos permitia usufruir do prazer invejável de passar um dia em tranquilidade absoluta, nadando, brincando e saboreando, no final, a apetecida merenda.
Rio Dão em família
(o boleiro sou eu)
Rio Dão...afinal, o Rio Dão nasce no concelho de Aguiar da Beira (Distrito da Guarda) e depois de percorrer à volta de 100quilómetros,alguns deles gastos em atravessar o município santacombadense de nordeste para sudoeste, lança-se no lado direito das águas do Mondego, que como deveis saber é o maior curso de água nascido em Portugal (Serra da Estrela) banha Coimbra e vai desaguar na região da Figueira da Foz em pleno Atlântico, esse mesmo, o oceano que trouxe Cabral até às costas brasileiras.
Como podeis ver caros leitores, com um bocadinho de imaginação e muita boa vontade da parte de Neptuno o deus que domina o fundo dos mares e suas correntezas, é muito possível que uma lágrima de saudade carregada de amor desague no Dão,navegue Atlântico abaixo até ao litoral brasileiro acostando lá pelas bandas de Santos e, plena de força e querer, suba a serra e chegue até mim.
Ó sodade do sal dessa lágrima... que, por agora, unicamente pode ser colmatada com esta rosa, vermelha de amor que lançada ao mar vai desafiar as leis da Natureza fazer o percurso inverso da lágrima esubir, subir, galgar o Equador, tomar carona na corrente quente do Golfo do México e acostar na Foz do Mondego que traz até ao mar as águas geladas da Estrela...
e em alor de final de crónica, ordeno que essa rosa, agora também perfumada pelos odores da Beira, suba o rio, devagar devagarzinho, que salte que nem salmão o alto paredão da Aguieira e, algures nas margens do Dão, caia docemente nas mãos brotadas da semente que ajudei a plantar.
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