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João de Jesus

por neves, aj, em 23.10.06

Bem vindo!
(que os leitorese o João me desculpem p'las divagações feitas, mas há razões que a própriarazão desconhece e que nos levam a recuar notempo)

Por mais voltas que dê aos neurónios não consigo atribuir a esta entradaoutro título que não o nome do meu amigo João, que conheço há muitos,muitos anos... quarenta e tal... e afirmo-o seguramente, mesmo atendendo a que euainda não saí da ternura dos cinquenta anos. Portanto, caros amigos, eu erauma criança (talvez 7 ou 8 anos) quando conheci o amigo João, quando eletrabalhava como Empregado de Café (por aqui diríamos garçom) no entãoCafé Estrela, refinado espaço da minha cidade situado perto do Largo doBalcão nas instalações que hoje albergam o Banco. 

Sem muito esforço as recordações afloram-mecom naturalidade e transcrevo-assem medo de errar, pormenorizando até, por que a convivência foi grande jáque o João passou a ser meu vizinho indo ocupar um quarto anexo à residênciacontígua a minha casa na Rua do Outeirinho, residência essa  habitadapelo casal proprietário do dito Café e que me considerava como filho... ouseja eu era realmente parte integrante da  família, passava grande partedo tempo lá em casa, passeava com eles, a pé ou de automóvel (oh... oh...) e sentia-me amado por todos (acrescente-se ainda quea minha estimada madrinha de baptismo é filha do casal Almeida e o meu nome écópia fiel do nome do filho).

Naturalmente, o João começou a fazer parte da minha vida... ora no Café,onde eu tinha o privilégio de poder entrar (e assistir a emissões televisivas)para desalento dos da minha idade(outros tempos, outras histórias), ora em encontro de vizinhos e, bem a propósito, sejadito que eu jamais esqueci o bolso de avelãs que o João me costumavaoferecer no dia imediato à sua folga semanal quando vinha de regresso de Treixedo, suaaldeia natal. Os anos passaram... o João foi p'ra tropa, pára-quedista, rumouaté às paragens de além-mar onde uma guerra estúpida (haverá alguma que onão seja?) matava, estropiava a juventude de ambas as partes.... ele regressou,e a nossa amizade continuou. Vieram os serões a ouvir as suas histórias e,caros leitores, não consigo inventar palavras para vos descrever o seu modo tão peculiar de as narrar... 

Hoje, gozando a merecida reforma ou aposentadoria como por aquipor estas bandas tropicais é referido,o João vai partir para um outro desafio... colocar no "papel" o que,como me afirmou, "está arquivado no computador com que me presentearam quando me puseram neste conturbadomundo". 
O João deu-nos então o prazer de escolher este nosso espaço para colocar o que lhe corre na alma eé com aquela pontinha de orgulho que Voz do Seven anuncia que já foi reservadoum espaço próprio para ele (coluna da esquerda, dos links) e que a primeira das Histórias de João de Jesus já navega p'las ondas da rede das redes. Detítulo bem sugestivo,
Tratando da saúde abarbos, bogas e companhia, esteprimeiro escrito conta-nos episódio deveras engraçado para além de nosrevelar um dos hobbies em que o João se sente como peixe dentro d'água.

E, em fim decrónica e depois das tais divagações de que fiz alerta, está assim feita a apresentação donovo colaborador do Voz que me pede, carregado de humildade, que nãoo apresente como "alguém exímio no manusear da pena...". 
É certo que sobre a escrita não o irei fazer, caro João... isso ficará acargo dos nossos leitores. Ora o que eu acho é que tenho o direito (e o dever)de enaltecer as tuas qualidades de grande narrador, onde a capacidade deimproviso é patente e a arte teatral, chamemos-lhe assim, é enorme. És umverdadeiro contador de histórias, espécie tão rara nestes tempos das novastecnologias e que é imperioso reinventar. Sei que não é fácil o desafio de"colocares na tela" essas tuas histórias, mas eu acho que quem assim escreve em enleada prosa metafórica como o trecho do último mail que me enviaste (e que passo a transcrever)
"...nunca gostei de ostentar penas depavão, porque as que realmente me cobrem são as do vulgar galo pedrês...até mais a atirar para o branco, sobretudo na zona da crista...", merecehonras de destaque neste humilde espaço.

Que os ares daencantada Coimbra te inspirem para nos ofereceres um pouco da tua larga vivência.

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publicado às 21:20



  
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  • neves, aj

    Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".

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