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(entusiasmado com os 100, alonguei-me como de costume)
... primeiro a quatro fiéis leitores do Voz que nele deixaram a marca, também amigos, claro, sendo que dois deles foram granjeados após a travessia e através das ondas desta imensa rede que nos envolve e os outros já vêm desde o berço, ou quase, lá nas serranias beirãs.
... depois a uns quantos mais que na minha página do Hi5 me presentearam com dedicatórias de uma forma ou de outra, privada ou pública, algumas delas acompanhadas por engraçadas animações e outras até com música a propósito.
... por último àqueles que me querem e me são queridos, apesar de que nem seria necessário agradecimento já que em relação franca e envolvente ele está sempre presente.
Antes, no entanto, esclareça-se que o atraso no agradecimento aos parabéns que me desejaram pela passagem pelo marco 53 da estrada da minha vida não foi por indelicadeza nem por desleixo, não foi por isto ou por aquilo, não foi por nada em especial e talvez por tudo num geral, ou seja, ando numa constante roda viva quase sem tempo para me coçar (e como às vezes me dá comichão sobre a omoplata direita...) e com a mente tão ocupada que quando me lembro da obrigação estou sem inspiração ou com o corpo a pedir-me para se esticar ao comprido sobre o colchão... vai assim com rima para vos tentar provar que escrevo com enleio e dedicação pelo carinho que me reservaram e mesmo sabedor que as desculpas se devem evitar e não pedir, aqui vos escrevo acto que até tem o seu quê de contrição.
E apresentadas as desculpas em preâmbulo seguem-se os agradecimentos para todo o mundo, sendo que, obrigatória e salutarmente, rabisco a alguns mais umas linhas com promessa (de político, talvez) de que não me vou esticar, de que o livro não vai ficar longo em demasia.
Assim, para o Manuel Evangelista e para o Tó-Zé Gomes, amigos desde a infância, assino uma reprimenda em contestação perguntando-lhes que mal lhes fiz para me desejarem viver tanto tempo... mais 53 xará? Pô, pá. Até aos 100 Manel? Puxa vida. Bom, se me acompanhassem o vigor e a lucidez, essa tal lucidez de que falas e que agradeço por focares, nem me importaria de todo chegar à centena... estarias tu com mais um, o Tó-Zé com menos dois ou três, talvez... será que ainda conseguiríamos distinguir o ás de copas do de paus? Pouco provável lá chegar, mas quem sabe. Como diz o outro, deixa correr o barco que quando ele encalhar logo se vê.
Ó Renato Santos Passos, meu patrício por naturalização, olha que não é bem assim. Veja bem, como diz o gajo do anúncio comercial: por enquanto o meu percurso é na verdade ao contrário do que pretendes fazer, mas repara que está nas minhas previsões ir festejar os 100 com o meu amigo Evangelista, talvez quem sabe, lá em Trás-os-Montes na tua Passos, às voltas de um salpicão, de uma broa de milho e de um tinto do bom... aguentas-te até aos 110?
E, em remate às felicitações assinadas no Voz, para a Ana Maria, nossa leitora desde a primeira hora, um reconhecido obrigado pelas carinhosas e simpáticas palavras retribuindo-lhe eu com sincero e fraterno desejo de que esteja também de óptima saúde e a gozar de infinita felicidade.
Chegada a vez do pessoal do Hi5, vai um obrigadão na generalidade para Valter, Flávio, Gonçalo, Nelson, Fernando, Belinha, João, Maya, Filhex, Ana Paula,Teresa, Dina, Cila, Rafael, Susana e Maria Francisca, quase todos conhecidos lá da nossa Beira. Agradeço a todos com carinho, no entanto se me é permitido faço referência especial à mensagem do Valter, meu antigo explicando e que acompanhei durante uma meia-dúzia de anos, cujas palavras me sensibilizaram e abriram brecha na dura couraça levando-me a ajuizar, com certa dose de orgulho, que valeu a pena... fui remunerado e acarinhado, é verdade, mas a maior paga recebi-a agora. Obrigado caro Valter e sucesso na tua (nobre) profissão.
Fervorosamente rogo que os outros amigos não fiquem aborrecidos pelo destaque que fiz, que a Belinha jamais duvide do carinho que nutro por ela e sua família, que a Dina não pense que não percebi as rosas que enviou, que o Flávio e o Gonçalo entendam que os considero e sempre considerei amigos, que o Nelson e o Fernando saibam que não os esqueço, que agradeço à Teresa a amabilidade, que o João tenha em conta que fiquei sensibilizado pelo seu pedido de amizade afinal fruto da amizade que me unia ao pai, que a Ana Paula não julgue que é possível fugir de uma amizade com tantos laços comuns, que a Cila saiba também que fiquei sensibilizado, que o Rafael o mais caçula dos amigos e que me ajuda na redacção do Voz acredite que o nosso encontro vai acontecer um dia, que a Susana me perdoe por não lhe ter enviado os parabéns mas que saiba que nutro por ela um carinho enorme e que, finalmente, as duas amigas virtuais Maya e Maria Francisca, curiosamente ambas das Ilhas da Bruma, saibam o quanto suas mensagens me sensibilizam e que me perdoem por nem sempre dar notícias.
Outros parabéns houve, claro. Via telefone, mail e até msn. Da parte da família e outros mais, de pessoas bem amigas, mensagens pessoais, e das quais nem vou falar, tanto que o texto já correu demais.
Claro ainda que seria imperdoável não focar que ainda houve os parabéns cá de casa, já que de maneira alguma a Maria que me vai aturando se ia esquecer apesar de naquela manhã ainda se encontrar no leito do hospital de onde teve alta, curiosamente, nessa tarde... afinal foram os únicos parabéns recebidos em viva voz sem interferência das poderosas tecnologias, depois cantados ao jantar e selados com beijo bem real sob o olhar atento e fiscalizador, ora pois, da quatro patas que em frenético abanar de cauda dizia também estar feliz e parecia querer brindar.
E, brincalhão como gosto de ser para com ela, deixei a Filhex para último. Para ser, afinal, a primeira já que a redacção do ultimo parágrafo de um texto ou crónca é o que me costuma roubar mais a atenção e dedicação. Que pode dizer em agradecimento um pai emocionado? Chorar? Ena pá, isso não... mas digo-vos (do coração) que sinto cá um nó tão grande em não poder neste preciso momento apertar entre braços o fruto do meu ser que se não acabo de imediato isto, não sei não...
... do nosso colaborador Rafael Fernandes
É público que a Associação de Formação Desportiva O Pinguinzinho tem vindo a realizar um excelente trabalho, não só a nível do futebol, como em outras modalidades nomeadamente natação, pesca desportiva, andebol e atletismo. Com o propósito de homenagear os seus atletas vai aquela Associação realizar a II Gala do Desporto em Santa Comba Dão. O evento irá decorrer na Casa da Cultura da cidade e acontecerá na próxima Sexta-feira, dia 21 de Novembro, pelas 20:30 horas. Rafael Fernandes
Na cerimónia,conforme anunciado, haverá entrega de lembranças relativas aos Jogos Desportivos 2008 e aos que mais se destacaram no desporto na época de 2007/2008, e ainda entrega de lembranças a todos os atletas das várias modalidades que representam "O Pinguinzinho".
É por isso que não queremos deixar de dar os parabéns e agradecer a todos os colaboradores desta Associação o trabalho e o empenho que têm tido em prol destes jovens atletas.
E para mostrar que de facto o empenho tem sido grande, informa-se ainda que no próximo dia 23 de Novembro, Domingo, 11 jogadores da escola "Os Pinguinzinhos" irão realizar um treino de captação das escolas do Futebol Clube do Porto, treino esse que se realizará em São João da Madeira.
Os atletas são: Diogo Ribeiro e Bernardo (Escolinhas); Diogo Garrido, João Morgado, André Pereira, Diogo Marques e Gabriel (Escolas); Carlos, Hugo Mota, Bruno e Ruben (Infantis).
Parabéns aos seleccionados e votos de boa sorte!
Santa Comba Dão
Um clique em cada um dos cartazes leva a ampliação do respectivo e nas datas dos eventos a informações no portal da Câmara Municipal
(ou Uaco Cungo, antiga Santa Comba)
À primeira vista até parece que a foto da direita é uma reprodução em tempos mais antigos da Igreja retratada à esquerda. A semelhança é brutal: fachada tal qual, também um relógio numa só das torres em cujos pináculos acreditamos existirem os mesmos cata-ventos, de um lado um homem com uma bengala e do outro um galo.
Apesar da semelhança, autênticas cópias, são templos bem distintos situados em continentes diferentes e a uma distância de mais de seis mil quilómetros. Curiosamente a Igreja da direita, em foto a preto e branco que nos dá a (falsa) ideia de antiguidade, é de construção mais moderna e estamos à vontade de afirmar que a semelhança com a primeira, a da esquerda, foi propositada. Tudo porque estávamos ainda na era colonial portuguesa e aquando da formação do colonato de Santa Comba (de Cela), em Angola, resolveu a máquina governamental presentear o homem forte do regime com cópia fiel da Igreja Matriz da sua terra natal, afinal a ditosa Santa Comba Dão que é também o nosso berço. Assim, agora podemos legendar cada uma das fotografias: a da esquerda retrata a Igreja Matriz de Santa Comba Dão, em Portugal, e a da direita a Igreja Matriz da cidade angolana de Waku-Kungu, antigamente chamada de Santa Comba (de Cela) elocalizada na Província de Kuanza-Sul a 180 Km da cidade de Huambo e a 420 Km de Luanda, a capital de Angola.
Como tem sido usual quando focamos aqui nas páginas de Voz do Seven notícias relacionadas com o passado colonial português voltamos a lembrar, é sempre bom fazê-lo, que tal referência não se prende a qualquer tipo de saudosismo histórico ou sequer de meras saudades por termos residido em alguma das ex-colónias. Nada disso, simplesmente Waku-Kungu hoje veio aqui a propósito por um acidente de percurso já que em navegação à deriva esbarrámos em foto da Igreja da então Santa Comba de Cela e aproveitámos para esclarecer a "nossa Maria" (até já tínhamos conhecimento) que é construção tal e qual a da Igreja da nossa santa terrinha, apenas exteriormente, diga-se de passagem, já que no interior é bem maismodesta sendo no entanto de realçar a existência também de uma imagem de Nª Srª da Assunção. No entanto este texto não ficaria completo se não referíssemos que os pelourinhos das duas cidades, como navegação mais aturada nos indicou, também são bem idênticos para não dizermos iguais (ver o deSta Comba e aqui o de Wacu-Kungu) e se não indicássemos a fonte das fotos: agaleria de Cela (Waku-Kungu) do sítio Sanzal Angola que permite acesso a muitas outras cidades da ex-colónia portuguesa que se tornou independente no ano de 1975.
VALE DAS GRADES é um blogue com os olhos, cruéis como punhais talvez, virados para a nossa ditosa Santa Comba Dão e apresenta-se assim:
As aventuras de dois lenhadores trotskistas na terra de Salazar. O retrato de Santa Comba Dão para além do postal ilustrado. Um blog não aconselhável a pessoas sensíveis.
Não imaginando quem são os seus autores/mentores e independentemente de concordarmos ou não com tudo o que pelo Vale das Grades se vai passando, o pluralismo defendido por Voz do Seven leva-o a aceder ao que lhe foi solicitado em e-mail
Exmo. Sr. ou Sr.ª:
Sem aviso prévio e sem meias palavras eis que surge o blog http://www.valedasgrades.blogspot.com/.
Um blog de santacombadenses contra as manhas do poder autárquico e os silêncios da oposição. 100% à esquerda como convém.
Este é um convite para uma visitinha.
Não rejeitamos um pouco de publicidade e pedimos autorização para adicionar o seu site/blog à nossa lista de links.
Com os melhores cumprimentos
A visitinha foi feita (outras se seguirão), a publicidade também está feita (com ligação no item Santa Comba Dão) e quanto à autorização solicitada por Vale das Grades ela está concedida, ora.
No Voz do Seven 2, o Dr. Pedro Guina oferece-nos dois artigos críticos à acção do executivo da nossa cidade de Santa Comba Dão. | |
... e embora fictícias, carregam amor de verdade... desabafo e necessidade de falar contigo, também... Bom, está na hora de acabar, mãe Rosa. Fiz o possível para te agradar neste dia de (teu) aniversário, mas a inspiração anda arredia. Idealizo, mas num repente as palavras evaporam-se da mente deste teu filho a quem poderão chamar de louco, no entanto antes sonhador e porque não, tão ficcionista como os demais que colocam os seus livros à venda nas prateleiras. Está tranquila que, como me pediste, não estou a derramar lágrimas, apenas sinto o habitual e indescritível aperto na garganta como quando me apercebo de injustiças e que agora deve ser mais por causa da grande frustração que me assola por não te ter mais por perto e não poderes ouvir a minha voz a chamar-te velhota.
Pelo adiantado da hora (são oito da noite por aqui mas nem imagino quantas serão por aí pela eternidade) até parece que só agora me fui lembrar dos 87 anos que completarias hoje, dia 6 de Novembro. Ambos sabemos que não, porque desde que o conhecimento chegou a mim todo o meu aniversário de véspera está umbilicalmente ligado ao teu. Claro que ontem dia 5 não fugiu à regra e até me veio à memória que ainda combalida pelo parto, dobebé lindo e grande como fui carinhosamente agraciado em mensagem de felicitações e me deixou todo babado, foi no leito da maternidade que festejaste o teu aniversário de então, trinta e quatro anos. Eras ainda uma jovem embora de ventre bem amadurecido já que acabavas de colocar no mundo o quarto fruto. Carregada de fé terias talvez agradecido aos deuses este teu presente de aniversário que hoje te escreve e terias também idealizado mil e um sonhos, mas para azar de ambos tudo se desmoronou vinte anos depois: nem tua fé e preces nos valeram e cada um dos meus cinco de Novembro passou a trazer consigo em vez de alegria toneladas de nostalgia embrulhadas em revolta por não mais podermos festejar juntos o nosso "dia de anos".
Curiosamente, este ano festejei os meus 53 no teu dia, hoje afinal, porque a véspera foi deveras atarefada e nem houve tempo para me coçar já que foi também dia de trazer a doentinha para casa. O almoço foi bem especial, arroz de tomate com sardinha frita se bem que esta sardinha teve que viajar desde Peniche, lá na ocidental praia lusitana, para me satisfazer os desejos da gula patriota que não me larga e como sobremesa algo bem caseirinho que aprendi a fazer contigo: leite creme com uma cobertura estaladiça de açúcar queimado. Tá claro que o bolo não faltou, mas para pasmo de quem possa ler as velas foram colocadas numa metade de Bolo-Rei que estava guardada no congelador da geladeira e cuja parte inteira tinha voado até mim em finais de Outubro cuidadosa e carinhosamente acomodada entre a tripulação da TAP. Como não devo divulgar quem me fez tão doce e carinhosa oferta apenas vou dizer que é senhora nossa vizinha no Outeirinho e que viste crescer porque é filha de senhora tua amiga, minha também, que também já partiu e a quem eu gostaria de oferecer, pelo carinho e amizade que sempre me dispensou, uma destas rosas que te envio.
Triste e ledo, envio aquela beijoca
Tó-Zé
Apesar de tudo, apesar de a minha Maria não estar presente, ainda ausente lá pelo leito do hospital, hoje, 5 de Novembro, acordei feliz e com vontade de brincar já que completo 53 anos de idade. Cinquenta e três mil quilómetros, como diria um idiota que conheci lá pelas terras do Douro, sendo que alguns desses miles talvez tenham sido rodados em aceleração demasiada donde, em termos bem realistas, não será desajustado acrescentar um desgaste maior ao que a quilometragem possa indicar. Que se dane... já foi. Quem quiser que atire pedras à vontade, mas arrependimentos não vou ter. O que interessa é acordar com os pés quentes, bem quentinhos, como diz o bom povo português. E que p'ro ano se escreva novamente.
Pronto, está assinado o ponto. Não julgueis contudo que fiz entrada para me dardes os parabéns, antes para vos revelar a interrogação que há pouco me assaltou: será que na verdade já fui assim um feijão como o puto da imagem que faz parte de esplêndida apresentação de slides PowerPoint? Enquanto me chamam atoleimado aproveitem para admirar essa e outras mais maravilhosas fotografias em NO VENTRE MATERNO e, já que não foi a cegonha que me trouxe nem sou obra de espírito santo algum, se quiserem saber um pouco mais de mim, sobre as minhas origens e de quem sou fruto, acedamA CAMINHO DOS 50, saga que apesar de ter emperrado na terceira etapa talvez um dia destes tenha continuidade... assim se acenda a lâmpada da inspiração.
... que não é só da Maria, é meu também porque apesar de não me pertencer ou de não o sentir na pele tritura-me os neurónios o bastante para às vezes me tirar do sério.
Ele, o desassossego, que afinal é uma ela, a prótese, já faz parte das nossas vidas, da minha e da minha Maria. Não a chamámos nem ela teve culpa de vir morar connosco, mas até lhe estamos gratos porque outra solução não havia. Fotografias tiradas após se instalar até nos revelaram que ela se tinha adaptado e a Maria a ela e tudo parecia estar nos trinques. Como deveis saber, é previsto nos cânones que passado um certo tempo, uns anos, há necessidade de reparar a dita cuja, a prótese, porque o desgaste ou desarticulação acontece, inevitavelmente ou quase isso. Afinal como em qualquer máquina e o organismo humano não é excepção à regra. No entanto, ela, a prótese, deveria aguentar-se em condições por muito mais tempo, mas mesmo por tal não ter acontecido também não a vou culpar. Verdade seja dita que não pretendo culpar quem quer que seja, nem a mim próprio por não sair à rua em protesto, mas a minha cabeça não consegue absolver os passeios (calçadas por aqui) por onde circulamos, passeios em rampa, algumas juro com mais de 30 graus, para suas excelências os residentes entrarem fácil e comodamente em casa com as suas voitures. Viva a burguesia e seu cómodo egoísmo e o pedestre, o peão, que se lixe, parece ser slogan por estas bandas. Não me chameis de "perseguidor de classes", de invejoso de bens materiais que outros possuam e eu não, mas tem lógica este meu raciocínio, porque sabe até o rei dos leigos que tão más condições obrigam o esqueleto do passante a fazer ginástica de compensação de modo a conseguir o equilíbrio e com o andar do calendário ligamentos e articulações vão sofrendo e "adoecendo". Assim, muito provavelmente teriam sido estas (as más condições de circulação oferecidas ao pedestre) umas das causas para que em menos de três anos a cabeça da entronizada prótese tivesse de ser substituída.
E a Maria lá está no Hospital das Clínicas, mais propriamente noIOT, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, acho que agora mais fresca que alface embora sedenta para vir para casa (as saudades da nossa Piruças quatro patas são enormes) para daqui a um mês, provavelmente, começar a colocar à prova a recém colocada cabeça da prótese que, lembra-se, tenta afinal substituir a cabeça do fémur.
À laia de complemento deixo ligação a blogue temático onde os leitores mais curiosos poderão perceber como é feita a cirurgia de implantação de uma prótese no quadril [aqui quadril normal], afinal de que consta propriamente aArtroplastia do Quadril e não é despropositado esclarecer que esta imagem do RX não mostra as pernas da Maria, foi captada da internet, tanto que é prótese que apresenta o componente acetabular, o chapeuzinho, e a artroplastia da Maria feita há uns anos não foi total, foi parcial.
Sem muito entusiasmo no que redijo cheguei ao fim e claro que esta crónica em desabafo (falar dos "problemas" alivia-nos, dizem os entendidos) vai ficar incompleta, muito incompleta, porque não pretendo agora falar sobre o nosso "dia-a-dia" das andanças pelo IOT, nem gabar as boas condições de internamento e ainda nem elogiar o atendimento humano e carinhoso que somos alvo da parte dos profissionais da saúde (as respostas ou reacções menos boas não são relevantes para serem focadas e facilmente se esquecem sem ressentimentos porque as boas são enormes) e se faço a citação é apenas para lembrar a todos os que me possam ler que estamos perante um serviço público, completamente gratuito, o SUS, Sistema Único de Saúde... assim que o bom entendedor veja que nem tudo é mau como certos sectores o querem fazer parecer.
Já a fechar surge-me um dilema. Falar ou não falar eis a questão. Se não falo sou ingrato e se falo vou contra o modo de estar na vida do Dr. Carlos Luzo, que pauta pela discrição, não aceita os meus agradecimentos e está sempre, mas sempre, disponível para me aturar. Em toda esta questão da prótese da Maria o seu papel ultrapassa o do cirurgião, ele escuta como amigo, aconselha e está sempre disponível, faculta o telefone e nem congresso nem jantar em família o impedem de me ouvir se o desassossego nos atormenta. Sinceramente vos digo ainda que nas consultas rotineiras me sinto tão à vontade quanto estivesse no consultório dos meus amigos antigos companheiros de faculdade. Falamos do problema, discutimos o RX, falamos das rampas, da vida, do quotidiano e de futebol também, rimos e falamos sério, despedimo-nos em forte cumprimento... sabeis vós perceber a amizade com a pressão sentida num aperto de mão?
Bem haja doutor Carlos.
A crise também atacou o Voz e apesar de não ser do "género" da crise de que todos falam e que virou novela fica aqui a chamada porque talvez o Sócrates se lembre de nos nacionalizar. Seriam bem vindos, os euros. Bom, mas não é propriamente de uma injecção de euros que neste momento precisamos, antes sim de calma e sossego na mente que anda um perfeito turbilhão.
Já não bastava a aceleração neurónica que mesmo em condições normais nos caracteriza eis que a "Maria" resolveu ir passar uns dias ao Hospital. Andamos, eu e a minha Piruças quatro patas, aqui em casa tristonhos da silva olhando-nos como dois estranhos quiçá com o mesmo pensamento: já estamos velhos para nos isolarmos e ficarmos privados da companhia a que estávamos habituados. Para a animar bem lhe digo para termos fé que talvez seja hoje que acabe este estado nostálgico que nos atacou e logo pela tarde já os sorrisos tomarão conta de nossos rostos, embora um cão sorria com o rabo, e a alegria pairará no ar do nosso pequeno mas mui querido lar. Bom, e se não for hoje será amanhã já que pelo que sei a "coisa" correu bem e a alta hospitalar está para breve.
Está assim explicada este "blogue branco" que vos tenho oferecido. A vossa compreensão e um dia destes talvez até vos explique a causa do meu desassossego.
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
MOMENTOS SÃO PAULO
Perdida em casa
A gata do Canindé
A [barata] tonta da Paulista
Tanto Mar
Big desilusão
Estação da Luz
Paz no Mundo
Bar do Quim
LUSA, subida 2011
Papai Noel
Os pecados [confessáveis] de uma menina bem
A Marquesa de Sernancelhe
Dia do Sim
En-laço
MOMENTOS SÃO PAULO