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Pagar para votar

por neves, aj, em 18.09.09

PhotobucketÉ estranho, mas para poder exercer o meu direito (e dever) de voto nas próximas Legislativas tenho que largar uns cobres. Leia-se reais. Começa pela despesa no transporte da minha ida ao Consulado lavrar a "Certidão de Eleitor" (acto agendado via telefone para Segunda-feira às 10 horas da manhã na Rua Canadá nº 324) já que como os Correios estão em greve cá pelo Brasil tenho que vestir a pele de Maomé e deslocar-me. Depois, bem, depois de "fazer a cruzinha" e meter o boletim no sobrescrito verde e de colocar este (hermeticamente fechado) no sobrescrito branco, tenho que enviar a remessa para Lisboa, para o Ministério da Administração Interna, e tenho que ser eu a bancar as despesas de envio. Envio este que nas "instruções" é sugerido para ser feito em "correio registado". Arrota Zé Povinho, que é democrático. Os "senhores de Lisboa" deveriam levar em consideração que nem todos os que estão fora são ricos. Por mim falo. Mas, tá bem, é preferível assim do que elevar para o dobro ou triplo o quase meio milhão de euros que o país gasta com o voto por correspondência e, afinal, a onça que vai voar não vai fazer assim tanta falta tendo em atenção que a consciência do dever cumprido vai ficar contente. Por outro lado não há onça que pague o facto de sabermos que lá pela santa terrinha não se esqueceram de nós e sabem por onde andamos. Serão menos duas postas de bacalhau que se comem, é certo, mas quem não faz pequeno sacrifício pela Pátria? Contudo, não seria mal pensado se juntamente com o boletim de voto nos fosse enviado um vale-compras para adquirir um litrito de azeite Gallo ou uma garrafita de Dão aí num supermercado que tivesse feito protocolo com o governo português. Ou um bom naco de presunto e umas chouriças. Era bom era. Meus caros (e caras), não levem a sério estas divagações últimas. Devem ser provocadas por esta estranha sensação de estar a olhar para o Boletim de Voto aqui a meu lado. Jamais tinha eu imaginado que um dia podia trazer o Boletim para casa e votar quando me desse na real gana... hoje não me apetece, amanhã talvez.
É estranho!
Enquanto espero pela vontade e pela resposta da minha consciência à análise política da Nação, leio (nas instruções) que para o voto ser válido tenho que cumprir com o requesito de "despachar" a carta até ao dia 27 de Setembro, afinal o denominado "dia da eleição", e depois orar aos deuses mensageiros que a façam chegar ao destino até ao dia 7 de Outubro. Só assim o meu voto será contabilizado para eleger os dois deputados que cabem por direito ao Círculo Eleitoral de Fora da Europa onde estou recenseado.

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publicado às 06:51




  
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    Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".

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