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Outeirinho, ano de 1959 - Tio Afonso à esquerda de quem observa
... porque emigrante por terras do Grão Pará há quase setenta anos [desde 1946] será pouco conhecido na ditosa Mãe-terra que o viu nascer, contudo, Afonso Neves era irmão de meu pai, Zé Neves. Sei que na sua juventude exerceu a profissão de sapateiro [no sapateiro Onofre, loja sita no mesmo local que hoje abriga a Sapataria Confiança de Leonel Gouveia] e que teria feito tropa nos Açores. Em 1946 rumou ao Brasil e eu viria a conhecer meu tio Afonso numa sua ida de férias à terrinha no ano de 1959. Apesar da minha tenra idade [a caminho dos quatro anos] tenho em memória os pastéis de nata a mim oferecidos no Café Estrela localizado nas imediações do Largo do Balcão [onde hoje reside o Banco] e a forma convincente que usou para me libertar das garras do leão e de me levar para o reino das águias. Conseguiu, embora anos mais tarde eu me tenha rebelado e rumado aos negros de Coimbra. Trinta e sete anos mais tarde, se não estou em erro, meu tio voltaria à ditosa Santa Comba em missão de despedida. Faleceu na Quinta-feira passada em Belém do Pará contando 91 anos.
... hoje, dia 12 de Maio, a mulher que me vem aturando há dez anos [só por isso já merece parabéns] comemora mais um aniversário. Calma e paciente, tem tido o dom de contrariar a minha ansiedade [que não sei se fruto da idade ou da cidade] e tem sido muito boazinha e um verdadeiro docinho para mim, apesar de, note-se, eu não ser ruim de todo. Também feliz, deixo aqui expresso um beijinho mui carinhoso de parabéns, o desejo que a harmonia continue a enlear-nos e que o barco continue a navegar sem rombos de maior. Ah, a idade. Claro que a idade das damas é segredo para se manter guardado a sete chaves, ainda mais tratando-se de uma marquesa, e é óbvio que não direi quantos anos completa hoje neste dia lindo, mas como não podia deixar de fazer a minha partidinha, que quando salutar tão necessária como pão para a boca, sempre direi que para o ano é ano de tomar a vacina contra a gripe e de não pagar bilhete nos transportes públicos. Ponto final, beijoca doce que se faz tarde, o forno espera pelo bacalhau!
.. dizem-me que hoje, primeiro Domingo do mês de Maio, é dia de dedicação à MÃE. Por Portugal, note-se, porque por cá por terras tupiniquins será no próximo Domingo, o segundo, dia 13. Irrelevante ser hoje ou amanhã, diga-se em abono da verdade. Este DIA DA MÃE [Dia das Mães, em versão brasileira] será assim dia propício para oferecermos uma flor, um perfume ou "apenas" um carinhoso beijo em agradecimento àquela que nos deu o ser, que teve a capacidade de no ventre nos trazer e nos ter parido, como um dia escrevi em poema dedicado à mulher. Contudo hoje penitencio-me pela omissão e sinto-me na obrigação de focar também todas aquelas outras mães que não geram os filhos no seu próprio organismo mas que os recebem e educam com o mesmo amor que as demais. Neste dia soberbamente aproveitado pela sociedade consumista alguns [filhos] irão mais longe e talvez ofereçam à MÃE um télélé [celular, telemóvel] ou mesmo um computador e outros poderão ficar-se pela torradeira ou pela "varinha mágica" para triturar as batatas e as cenouras do puré para a sopa. Outros haverá que, por imposição das distâncias, se ficam pelo simples telefonema ou colocação de mensagem nas redes sociais da internet e ainda outros quedar-se-ão, por imposição das leis da Natureza, pela nostálgica elevação do pensamento em direcção à sua memória. Como é o meu caso, diga-se, e talvez por temer que o amarelecer da memória me traia, tantos são já os anos da sua partida, é que embelezo o presente texto com uma foto de minha mãe Rosa, apesar de a entrada se destinar a homenagear todas as MÃES DO MUNDO, independentemente da sua cor de pele ou do status social que ocupam.
um clique para outras mais fotos
... hoje o meu irmão mais velho está em festa por mais um aniversário natalício: atingiu neste dia 1 de Maio o último degrau antes do patamar dos setenta. Nascido em plena Segunda Grande Guerra Mundial, desde cedo começou a "dar ao ferro" e a "pregar botões" e, entusiasmado, seguiu as pisadas do pai Zé Neves na arte do bem fazer vestir. Aliás, foi o único dos quatro irmãos a fazê-lo, tornando-se, compreensivelmente, o herdeiro natural da Alfaiataria Neves actualmente sediada no Largo do Balcão na ditosa Mãe-terra de Santa Comba Dão, mas que nasceu na Casa do Zagão na Rua Santa Columba há mais de sete décadas. Arremato esta singela homenagem com os tradicionais votos de parabéns e muitos mais anos vividos com paz e saúde, lembrando que um clique na foto publicada leva a página própria com outras mais fotos da meninice [e não só] do aniversariante.
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
MOMENTOS SÃO PAULO
Perdida em casa
A gata do Canindé
A [barata] tonta da Paulista
Tanto Mar
Big desilusão
Estação da Luz
Paz no Mundo
Bar do Quim
LUSA, subida 2011
Papai Noel
Os pecados [confessáveis] de uma menina bem
A Marquesa de Sernancelhe
Dia do Sim
En-laço
MOMENTOS SÃO PAULO