Divagando

...onde se faz homenagem à Camisola Preta
É verdade que quando estamos longe de casa, damos mais valor àscoisas que lá deixámos. Coisas grandes ou pequenas. Muitas delas passavam-nosdesapercebidas porque apesar de as vermos a todas as horas não perdíamos tempo aobservá-las. Distantes, damos valor não só à grande obra que vimos emalicerce e que hoje abre as portas à Cultura como valorizamos a pequena construção que modifica a paisagem a que estávamoshabituados e até a árvore que vimosplantar e que num repente nos ultrapassou em altura.
Nostalgia à parte,note-se que quando se sai do torrão já com quase meio século de vida as raízesnão podem secar mais e é com alegria que se recebe o Defesa, o semanário onderabiscámos umas linhas. Lêem-se as novas da Cidade e das outras terras aoredor. Miram-se as fotos... atenta-se nas alterações, que sempre se desejamevolutivas, nacidade onde nascemos e crescemos.
É verdade também, que nos dias de hoje as ondas cibernéticas muitocontribuíram para nos sentirmos mais perto ou não tão distantes se preferirem...os milhares de quilómetros transformam-se emmilímetros com um simples clique e até me arrisco a dizer que graças à internetestamos"aí dentro cá fora".
Bem, depois desta introdução que pode dar a falsaideia de que me sinto saudosamente angustiado vamos ao que interessa, ao que melevou a escrever estas linhas.
Quero falar de comunhão de ideias. E escolhio Futebol. Dirão os"contra" e até os mais intelectualizados que haverão temas muito maisinteressantes a discutir. É verdade, sim senhor. Mas não é o Futebol(também) um modo de união entre pares? Não é uma Selecção Nacional umsímbolo patriótico? E a nível de clubes, o Futebol não faz também união pelo menosentre aqueles que comungam dasmesmas cores? E direi ainda que mesmo que não se morra de amores (intramuros)pelo clube adversário a coisa muda quando as equipas portuguesas jogam"lá fora" (exceptuem-se os fanáticos torcedores, mas desses nãodeve rezar a história). Um dos exemplos que vos dou vai da minha parte quejamais pensei sentir tanta satisfação, alegria, direi até patriotismo, com asproezas internacionais alcançadas nas duas últimas épocas pelo FC Porto,clube que não é (ou não era, já nem sei) da minha simpatia. Tal apoio quepresto aos azuis e brancos deve-se certamente ao facto de estar em paísestrangeiro e longe da minha Pátria e em aitude resumida remato que umclube de futebol também une e "marca", jamais me esquecendo eu daimagem de Xanana Gusmão lá longe em Timor Leste quando apareceu de bonébenfiquista na cabeça ou as palavras do academista Manuel Alegre que quando noexílio se tornou adepto do Benfica que "odiava" como formaenriquecedora, talvez, do seu patriotismo.
À semelhança de outros emblemastambém eu quero criar o meu cantinho de comunhão. E aqui estou então a darvida a doispequenos espaços que podereis visitar com um simples clique na coluna daesquerda, dos links, no Voz do Seven. São eles o Cantinho da Briosa e o Cantinho dos Pinguins... a minhahomenagem à Camisola Preta. A ideia é criar um ponto de encontro dosadeptos e simpatizantes da Académica de Coimbra, a universal Briosa, e um outrodoGrupo Desportivo Santacombadense os gloriosos Pinguins do Dão, a agremiaçãoda minha terra e cuja camisola tive o prazer de vestir. Serão cantinhossimples onde se pretende trocarideias e em especial, pelo menos da parte que me toca, em saber tudo e maisalguma coisa sobre os meus dois amores futebolísticos.
Fica desde já o convite a que dêem lá uma saltada e participem... o Voz doSeven agradece!