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Tripas à Moda do Porto

por neves, aj, em 14.12.04

Este Domingo, deliciei-me comTripas à Moda do Porto...

... iguariapor aqui conhecida como dobradinha com feijão que é também da variedadebranco talcomo desse lado do Atlântico. Penso que na suaessência a confecção não deve variar muito (salvaguardados que sejam ossecretíssimos... segredos)  apesar de que o produto final apresenta-se, porestas terras são-paulinas, com a dobradinha cortada em tiras e sem a presençados saborosos "folhos". A falta da saudosa chouriça é preenchida coma "linguiça tipo portuguesa"... costumes, pois "cada roca comseu fuso e cada  terra com seu uso".
Cá em casa é frequente fazer-se este saboroso prato. Nesteúltimo Domingo, 12, eraocasião mais que propícia e assim  passavam poucos minutos das 8 damanhã (as 10 desse lado) quando o feijão mergulhou na água da panela da pressão. Mas, se jápor si o tempo de cozedura do feijão branco dá dores de cabeça, a preocupação aumentava por a atenção"de quem estava a tomar conta da panela" estar mais virada para a transmissãotelevisiva vinda de  terras do sol nascente e em que uma armada lusa(reforçada com técnicas africanas, brasileiras e até gregas) tentavaconquistar o ceptro  intercontinental frente a uma congénere colombiana.
Duro...na primeiraespreitada à panela, o feijão ainda estava duro. Minutos passados acontecia a mesmacoisa... duro ainda. Era mesmo falta de pontaria e nem me furtei de comparara minha visão para o feijão com a dos atacantes da armada portuguesa no ataque àmuralha defensiva:  as "bombas" nunca acertavam na mouche, odestino delas era passar ao lado ou bater com estrondo nas traves. Arre bolas.... seria falta desorte ou azar em demasia? Venha de lá o diabo arbitrar... o diabo ou o outroque algumas vezes julga como ele e que resolveu também fazer autêntica diabrura  anulando o que estava bem certinho.
O tempo iapassando, mas a ansiedade combatia-se e com paciência esperava-se encontrar umporto bom...  embora sempre comcautelas redobradas,  não fossem as caldas entornarem e estragar o quetanto trabalho tinha dado, que no meu casoseria apenas ficar a papas (de feijão) ou optar por mais um desafio, mas no deles, nocaso dos valentes soldados, seriaa perda irreversível da disputa.
Depois de momentos angustiantes, tudo acabava embem: enquanto as Tripas à Moda do Porto iam exalando aromático perfume, o tirodos outros gajos saía p'ro largo e a chama dos nossos acertava oalvo incendiando o último dos focos da resistência adversária. Nofinal,  os valerosos em euforia constante subiram ao mastromais alto e mostraram ao mundo os troféus conquistados.
Foi bonita a festa,pá... com foguetes e tudo!
E pronto... aquime tendes, após calma digestão das divinas, aservir-vos de forma bem diferente mais um saboroso êxito dos homens que cospemfogo na hora certa e que levaram  bem longe (mais uma vez) os nomes daPátria e da terra das gentes "tripeiras com muitoorgulho".

Vinho do Porto

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publicado às 07:53


4 comentários

De Werewolf a 14.12.2004 às 15:47

Os meus parabéns Neves. Este artigo está muito bem bolado (como se diz por essas bandas).
Um fraterno e tripeiro abraço para ti meu caro beirão.

De Santos Passos a 14.12.2004 às 22:49

Olá António:
e domingo próximo é o Santos a sagrar-se campeão brasileiro. Os ventos sopram a meu favor.
Mandei uma lembrancinha pra ti. Olha em meu blog.
Abraço aqui de Vidago
Santos Passos

De Seven a 15.12.2004 às 08:50

Caros Amigos

Começo pelo Santos Passos agradecendo-lhe a lembrança que me enviou através do seu "Meu Bazar de Ideias" (http://santospassos.blogspot.com/). Mas, como digo em comentário que lá coloquei não dá para entender recusares uma entrada no paraíso caro Santos Passos.. Pois o Santos irá ser campeão e o Voz do Seven não se esquecerá tanto mais que é time da simpatia. Boa estada por Portugal caro amigo.

Quanto ao meu grande amigo tripeiro, Dragão dos sete costados, terei que começar pelas palavras elogiosas que me endereças. Agradeço-tas, mas o que mais me satisfaz é teres gostado, porque durante toda a "cozedura" do artigo o meu pensamento estava aí, no Porto, e contigo. Devia-te essa "homenagem", a ti, ao Dragão e à Invicta e agora em tempo de cobrança, para te "chatear a molécula" ... para quando a retribuição? ahahaha

De Werewolf a 15.12.2004 às 16:02

A retribuição, meu caro, nem é preciso escrev~e-la, porque é constante, lembro-me frequentemente dos bons, óptimos, momentos que passamos juntos, muito mais ainda a partir do momento em que este prodígio da net nos permitiu o reencontro.
Estás longe, mas sempre perto, pois anossa cumplicidade e amizade foi mesmo para valer.
grande abraço transatlântico.

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    Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".

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