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Escrever é preciso...

por neves, aj, em 29.12.04

  2005

 

 

 

 

 

 

Bem-vindo

... de preferência ou antes, obrigatoriamente bem. E...

Fugindo aoque tinhadelineado quando dei título a este post ou entrada, vem a propósito dizer que este bemescrever que referi nada tem a ver com a arte de bem cavalgar em toda a pena, mais própriados iluminados que nos iluminam, como escritores ou colunistas... tem antes a ver com a denúncia das atrocidades à Língua Portuguesa que encontro em fóruns e outroscanais cibernéticos de comunicação ou de conversação, os chamados chats, onde cada um escreve akilo que lhedá na real gana. É verdade todos temos direito a dar pontapésna gramática, mas primar por assassinarsistematicamente os qu (e algunsC) é já abuso que depressa cairá em vício e não me espanta que um diatenhamos um ministro da educação ou da cultura (se ainda existir o termo) a dizer kakilo que se escrevia noutros temposestá ultrapassado e é necessário alterar.  Eu até mepodia marimbar para isto –por essas alturas de kapas novas até ébem provável que eu já tenha embarcado para nenhures ou se ainda pisar terra neste planeta sereisuficientemente burro teimoso para me recusar a vesti-las– mas o que eu não consigo éconcordar com este aniquilamento (por preguiça de quem escreve) do "quê de quáquá"ou "quê de nove" que tanto trabalhinho me deu na EscolaPrimária para descobrir quando é que o deveria aplicar.Só por isso é que faço o presente reparo, apesar de ter fugido da trave mestra que tinhaem mente.
Assim, entre um trago de saboroso café genuinamente brasileiro e uma passa num miserável que tenho entre dedos e que apesar de já ser quase beata ou bituca (como por cá se diz) não desiste emfumigar-me os pulmões, volto ao
Escrever é preciso

porquenão quero que fiquem com a ideia queadormeci à sombra da Árvore, que meti férias ou que o assunto esgotou.
Masescrever o quê?
Hoje não me vou socorrer da bóia-futebol, que apesar de aguentaro Voz do Seven à tona das ondas quando o mar da imaginação anda revolto, o deixa à mercê de legítimosreparos por só falar de bola (sendo, no entanto, algumas dessas observações orgulhosamente bem vindas). O lógico seria pegar na QuadraFestiva que se atravessa e aí estava eu a desejar Bom ou Feliz Natal. Acontece que nem todoscomungam das mesmas ideias ou convicções e vem aqui a propósito, bem a propósito,transcrever-vos um mail que recebi do meu amigo Mário, autor d' AChama do Dragão de que vos costumo falar, mas que também assina no Acuso1 e nos críticos Acuso 2 e Atrás da Orelha. Por outro lado aoobservar as cinco letrinhas de Feliz, a felicidade de escrever fogeimediatamente lembrando-me das Injustiças Sociais que se nos deparam no dia-a-dia.
Penseifalar da Consoada, mas imediatamente o meu estômago se contorceu fazendo-me lembrara Fome que grassa nomundo.
Ainda me tentei socorrer de coisas, de palavras dopassado, dos meus tempos de infância, e até recordei que na azáfama da feitura doPresépio a última coisa a colocarera uma pequena faixa no telhado da casita-estábulo da Adoração aoMenino e que dizia mais ou menos isto: Glória a Deus e Paz na Terra... comovêem nem os sonhos de uma criança eu vos posso transmitir ou desejar.
Por fim poderia desejar-vos o habitual Feliz ou Próspero 2005. E é até o que "sinto na alma".Mas acreditais vós que o Novo Ano nos traga melhorias? Sociais... ou até ambientais?Que as desigualdades entre as pessoas irão diminuir? Que quando se falar no Homem só se falará de uma raça, a humana emais nenhuma? Acreditais que os Povos oprimidos se irãolibertar? Que 2005 vai oferecer o entendimento aos povos em luta e que osactos de terrorismo (perpetrados por grupos ou pelos próprios Estados) vão(finalmente) ter fim, libertando-nos do medo? Acreditais vós que os donos destemundo mundano vão finalmente ver que basta reduzir o orçamento bélico econduzir inteligentemente esses sobejos para a luta à Fome no mundo?
Em verdade vos digo que seria meu desejo que este pessimismo fosse arredado para bem longe,mas a imbecilidade que reina no planeta afasta-me de pensamentos positivos.
Bem, afinal estavasem saber o que deveria escrever, consegui fazê-lo e num lampejo de felicidadedesejo que, apesar de tudo, o Novo Ano de 2005 seja bem positivo para todo mundo.







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publicado às 23:40




  
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