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Já há muito que ando para vosfalar deste amigo. Conheço-o desde a infância e a sua presençaera (quase) uma constante às refeições, principalmente aojantar que nesses tempos também era, por alguns, chamado deceia. Mas o privilégio de receber em casa este amigo não erasó meu e de minha família, ele visitava com a mesma assiduidadetodo e qualquer lar situado entre Minho e Algarve, dando umpulinho até aos arquipélagos da Madeira e dos Açores e setransporte houvesse pois então faria viagem planetária até seencontrar com boca que falasse a Língua de Camões.
Nasceu assim uma espécie de cumplicidade entre este amigo e osportugueses. Nunca me foi dito se ele, o amigo de quem falo e comhabitat próprio lá p'las águas gélidas da Terra Nova,Gronelândia e Noruega, se sentia atraído pelos usos e costumeslusitanos, mas o inverso é verdadeiro... tão verdadeiro e deatracção tão grandiosa que levou o povo português a apelidare a eleger este grande amigo, o majestoso bacalhau, de fielamigo.
Essa cumplicidade seria ainda bem maior com o homem que... Essa cumplicidade seria ainda bem maior com o homem que iade abalada durante 5 ou 6 meses até às águas circundan- tes doPólo Norte em busca de tão saboroso alimento. Porque, aocontrário do que muito boa gente possa pensar, a pesca dobacalhau era dura, muito dura e havia um contacto muito próximoentre pescador e pescado. Imagine-se que, inicialmente, a pescanão era feita sequer com redes e sim à linha e o pescador(solitário) andava ao sabor das ondas daqueles agitadíssimosmares em pequenos botes chamados dóris que nofinal da faina diária regressavam ao "barco-mãe", o bacalhoeiro.
Consideradatambém como uma verdadeira epopeia lusitana (contrariandoconceitos que se ouvem de que Portugal era, é um simplesimportador de bacalhau oriundo da Noruega) a pesca do bacalhaumerece tratamento bem especial e aqui é mencionada edireccionada para a <ahref="http://pt.wikipedia.org/wiki/pesca_do_bacalhau"target="_blank">Faina Maior</a>
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<p align="justify"><font color="#000080" size="3" face="Abadi MT Condensed Light">Justahomenagem a um dos gigantes dos mares, <strong>o bacalhau</strong>,sem esquecer os homens que o capturavam, eles também verdadeirosheróis do mar.</font></p><div align="center"><center><table border="1" cellpadding="3" cellspacing="3"bordercolor="#FFFFFF"> <tr> <td bordercolor="#2F2FFF"><a href="http://www.stelamar.com.br/bacalhau.htm" target="_blank"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/Diversos/b002.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" border="0" width="164" height="267"></a></td> </tr></table></center></div><div align="center"><center><table border="1" cellpadding="3" cellspacing="3"bordercolor="#FFFFFF"> <tr> <td bordercolor="#A40052"><a href="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/197967.html#more" target="_blank"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/Diversos/b04.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" width="200" height="130" border="0"></a></td> <td> </td> <td bordercolor="#A40052"><a href="http://www.gastronomias.com/receitas/rec1847.htm" target="_blank"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/Diversos/b03.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" border="0" width="169" height="128"></a></td> </tr></table></center></div><p align="justify"><font color="#000080" size="3"face="Abadi MT Condensed Light">Já há muito que ando para vosfalar deste amigo. Conheço-o desde a infância e a sua presençaera (quase) uma constante às refeições, principalmente aojantar que nesses tempos também era, por alguns, chamado deceia. Mas o privilégio de receber em casa este amigo não erasó meu e de minha família, ele visitava com a mesma assiduidadetodo e qualquer lar situado entre Minho e Algarve, dando umpulinho até aos arquipélagos da Madeira e dos Açores e setransporte houvesse pois então faria viagem planetária até seencontrar com boca que falasse a Língua de Camões.<br>Nasceu assim uma espécie de cumplicidade entre este amigo e osportugueses. Nunca me foi dito se ele, o amigo de quem falo e comhabitat próprio lá p'las águas gélidas da Terra Nova,Gronelândia e Noruega, se sentia atraído pelos usos e costumeslusitanos, mas o inverso é verdadeiro... tão verdadeiro e deatracção tão grandiosa que levou o povo português a apelidare a eleger este grande amigo, o majestoso bacalhau, de <em><strong>fielamigo</strong></em>.<br>Essa cumplicidade seria ainda bem maior com o homem que...</font></p><p align="justify"><font color="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light"> Essa cumplicidade seria ainda bem maior com o homem que iade abalada durante 5 ou 6 meses até às águas circundan- tes doPólo Norte em busca de tão saboroso alimento. Porque, aocontrário do que muito boa gente possa pensar, a pesca dobacalhau era dura, muito dura e havia um contacto muito próximoentre pescador e pescado. Imagine-se que, inicialmente, a pescanão era feita sequer com redes e sim à linha e o pescador(solitário) andava ao sabor das ondas daqueles agitadíssimosmares em pequenos botes chamados <strong>dóris</strong> que nofinal da faina diária regressavam ao "barco-mãe", o <strong>bacalhoeiro</strong>.</font></p><div align="center"><center><table border="3" cellspacing="1" bordercolor="#000080"> <tr> <td bordercolor="#FFFFFF"><a href="http://esdjccg.prof2000.pt/bacalhau/index.html" target="_blank"><font color="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light"><img src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/Diversos/b02.jpg" alt="Image hosted by Photobucket.com" border="0" width="330" height="310"></font></a></td> </tr></table></center></div><p align="justify"><font color="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">Consideradatambém como uma verdadeira epopeia lusitana (contrariandoconceitos que se ouvem de que Portugal era, é um simplesimportador de bacalhau oriundo da Noruega) a pesca do bacalhaumerece tratamento bem especial e aqui é mencionada edireccionada para a </font><ahref="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca_do_bacalhau"target="_blank"><font color="#0000FF" size="4"face="Abadi MT Condensed Light"><strong>Faina Maior</strong></font></a><fontcolor="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">,na <i>wikipédia</i> onde nos é relatada as várias etapas da dura faina.<br>O bacalhau enraizou-se, assim, de tal maneira na cultura do povoportuguês que um identificava o outro e, como é lógico, asexpressões contendo o vocábulo surgiram na Língua Portuguesa.Recordo, por exemplo, "<em>Bacalhau quer alho</em>",expressão que pode construir cacofonia maliciosa, mas que nosdiz que uma boa posta de bacalhau cozido ou assado deve sercondimentada com alho picadinho... para além de(inevitavelmente) bem regada com azeite de óptima qualidade. Umaoutra expressão, aliás duas, que nos retratam a frequência, aconstância, do bacalhau na dieta dos portugueses de outrora são"<em>vou comer as batatas com bacalhau</em>", que serefere a "ir jantar" e "<em>deu tudo em águas debacalhau</em>" querendo dizer que "não deu emnada", tendo em atenção que a água de dessalgar obacalhau é deitada fora.</font><br><font color="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light"><strong>Ostempos mudaram.</strong></font><br><font color="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">Oconsumo abrandou, tanto por obra e graça do encarecimento doproduto como da mudança de hábitos alimentares e todos sabemosque as novas gerações não são agora tão atraídas peloconsumo deste peixe que pode ir para a mesa vestido de mil e umamaneiras possíveis, seja ele crescido ou da arraia miúda. Mesmoassim, o bacalhau ainda é rei em muitas ocasiões e graças àsvariadíssimas maneiras de o confeccionar é prato gostosamentesaboreado em casamentos e convívios de amizade, não nosesquecendo que o apogeu do seu reinado é no Natal, graças a umatradição que ainda será o que era e na Ceia de Natal de umacasa portuguesa, há bacalhau à mesa... pois com certeza.<br>Por aqui por estas terras tropicais, as influências portuguesas(ainda) se fazem sentir e é no Natal e Páscoa (Sexta- feiraSanta) que o bacalhau costuma ir à mesa, especialmente se écasa de alicerces lusos. Como é hábito, os preços do fielamigo disparam por altura destas festividades e é necessárioredobrar a atenção para não levar (para casa) gato por lebre.Pensando nisso, oferece-se aos estimados leitores este </font><ahref="http://www.stelamar.com.br/bacalhau.htm" target="_blank"><fontcolor="#0000FF" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">site deraiz brasileira</font></a><font color="#000080" size="4"face="Abadi MT Condensed Light"> que ensina a identificar overdadeiro <strong>Bacalhau do Porto</strong>, como é conhecidopor aqui o "bacalhau português", e que nos mostraainda 100 maneiras diferentes de confeccionar este peixe, quecontrariando certas ideias preconcebidas, não é de maneiraalguma um alimento gordo.<br>Em final de crónica merece menção o </font><ahref="http://www.gastronomias.com/index.htm" target="_blank"><fontcolor="#0000FF" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">Gastronomias.com</font></a><fontcolor="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light"> –Roteiro Gastronómico de Portugal, que para além de receitas debacalhau oferece muitas outras que vão para além da cozinhatradicional e moderna de Portugal. Este delicioso sitedebruça-se também nos sabores da lusofonia e até em receitasinternacionais... não sendo esquecidos os queijos, os doces e osvinhos.</font><br><font color="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">Eagora sim, mesmo em finalzinho de festa (bacalhau é actualmentesinónimo de festa) deixo-vos como oferenda a </font><a href="http://vozdoseven.weblog.com.pt/arquivos/197967.html#more" target="_blank"><fontcolor="#0000FF" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">minha modesta arte</font></a><fontcolor="#000080" size="4" face="Abadi MT Condensed Light">no fabrico de Bolos de Bacalhau, que por aqui são carinhosamenteapelidados de bolinhos.</font></p>