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Momentos em Santa Comba Dão
Feira à Moda Antiga [16 Outubro 2011]
fotos deJoão Paulo Rodrigues |
... hoje é Quarta-feira e como tal é "dia de feira" na ditosa Santa Comba Dão [exceptua-se a segunda quarta-feira do mês]. A foto que publicamos, captada no ano passado pelo mano Vasco, retrata um desses momentos de que citámos: o encontro de dois amigos [que sabemos ser] na Feira tornando-se irrelevante para agora se foi fortuito ou não ou mesmo se petiscaram algo já que o que nos leva a publicar é fazer singela homenagem, afinal enviar "aquele abraço", a dois personagens respeitados na Mãe-terra e pelos quais nutrimos estimada consideração.
Por tradição nem todos vão à feira feirar, apenas "dar uma volta à feira", local que pode ser ponto de encontro ou onde se poderá encontrar acidentalmente o amigo com quem curiosamente na véspera se tomou a bica ou que já não se vê há "muitas luas" e com ele ir comer uma coxa de frango assado ou um prato de bacalhau com grão. Em tempos que já somam uns bons anos era prática comum formarem-se grupos de "três ou quatro" ou "meia-dúzia" que se deslocavam propositadamente à feira para comer uma sardinhada ou umas pernas de polvo assado, romaria que tinha a curiosa particularidade de ser o próprio grupo a adquirir o produto cru e assá-lo nas brasas que as "tendas de comes e bebes" já tinham acesas e destinadas para o efeito. Está claro que a degustação era feita sob a tenda que, como se entende, tinha à disposição mesas e cadeiras e os produtos complementares da refeição [pão, vinho e sumos].
Amiúde o fizemos, principalmente na adolescência.
Feira Santa Comba Dão [ álbum mano Vasco, 2009 ] - clicar
... se a missão na Terra de um dos mais nobres animais da nação gastronómica lusitana, o porco, é alimentar em prazer o seu Povo, a destes, fabricados em barro vermelho, é possibilitar [em verdadeiro paradoxo] a assadura ou assamento de um dos mais apetecíveis e deliciosos produtos que se podem confeccionar com as carnes do próprio animal injustamente apelidado de porco: a chouriça [defumada] que por aqui é chamada, erroneamente, [também] de linguiça.
O modo de assar é simples: uma quantidade quanto bastante de bagaço [aguardente bagaceira feita por destilação dos restos da uva prensados após a feitura do vinho] é colocada no recipiente [o porquinho de barro], assenta-se a chouriça nas pequenas travessas e lança-se o fogo. Deste modo a chouriça não fica com sabor a bagaço ou cachaça [termo mais relacionado com a aguardente de cana-de-açúcar]. Claro que a dita necessita de ser virada para assar dos dois lados e claro está que à falta de aguardente, uma porção de álcool etílico também serve como combustível [palavra de assador e degustador]. Falta dizer que as crianças devem ser proibidas de assar chouriças deste modo para não caírem na tentação de fazerem aquela estúpida brincadeira de colocar os "dedos a arder" [estúpido se confessa].
Feira Santa Comba Dão [ álbum mano Vasco, 2009 ] - clicar
À venda na Feira Semanal de Santa Comba Dão [pormenor ampliado].
... venha daí a sardinha [umas costelinhas ou uma barriga de porco também são bem-vindas].
À venda na Feira Semanal de Santa Comba Dão [pormenor ampliado].
Feira Santa Comba Dão [ álbum mano Vasco, 2009 ] - clicar
... banca de bacalhau na Feira Semanal da ditosa Santa Comba Dão.
Com propriedade que se chamasse de Aveiro, de Ílhavo ou da Figueira, mas por aqui, ao "bacalhau português" chamam-lhe [inexplicavelmente] do Porto, Bacalhau do Porto [mas não se pense que por influência ou imposição de Pinto da Costa já que bem antes do nascimento do "papa do norte" de certeza que se denominava assim]. Diga-se em abono da verdade que os exemplares que atravessam o Atlântico [sul] são todos de boa, alguns de óptima qualidade [o Imperial], só que o preço torna o fiel amigo pouco amigo da maioria das bolsas e é geralmente apenas degustado [pelos que ainda cumprem as tradições lusas] em ocasiões especiais [Natal, como é lógico, e Sexta-feira Santa] embora durante o resto do ano o preço sofra uma desinflação que permite uma bacalhoada em ocasião festiva caseirinha. Ao observarmos afoto em pormenor pensamos que por um lado é uma pena que um país tenha de cumprir os quesitos de uma boa exportação [produto de boa qualidade ou pelo menos de qualidade não duvidosa] porque se todos os tamanhos fossem exportados os amantes do mais típico dos alimentos portugueses já poderiam "matar o [gostoso] vício" muitas mais vezes. Palavra de leal apreciador. [o fiel amigo, texto antigo no Voz e documentos].
Feira Santa Comba Dão [ álbum mano Vasco, 2009 ] - clicar
Este Salazar nada tem a ver com o "teu amigo".
O que andas a ler... "obrigas-me" a revisitar o pa...
Adorei a parte final da recomendação, O limão foi ...
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